PORTO, Arthur. Escola brasileira: (ideias e processos de ensino). Pará: Clássica, 1923. 312 p.
-:111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111: 304 ~~ ·1 MP REN S.A· ESCOL AR ~~ :1111111111111111111111111111111111111•111u111111111111111111111111111111111111111~11111111111,t; .Como devemos estudar a: geographia ·patria para sermos patriotas . , (T,lum~ S'essão do Gremio) ····· ······ · ···· ···· · ••,•························:·; ············· · ·· · ················ ; ·········· · Na sua simplicidade e concisão, esta inwortaote these, que me coube por sorte, é hoje, mais do qu_e .nunca, a pre– occupação de ,todos instantes dos educa_dore~ brasileiros, di– gnos desse nome. O conhecimento -da geographia, corno é :intuitivo, abre la_rg9s horizontes á intelligencia humana. Fortalece o intellecto, purifica .o moral e habilita a _qualquer -pessoa, que conviva em roda selecta a descretear acerca dos assumptos· mais curiosos e interessantes á -inves– tigação •humana, sem recahir na insulsa banalidade das phra– s es sem interesse. Princ;ipalmente porque essa bella -sciencia como que comprehendia todas as OtJtras, porque ha um pou– ,co de tt1do, nas paginas de um trata.do de geographia, o in– dividuo qu,e a conhece profundamente_pode considerar-se um .membro valioso da· sociedade em que .,,vive, apercebido por uma dose invulgar de estudos geraes _e por unja comprehen– s ão mais nítida dos factos e problemas sociaes: Por ·isso, o pedagogo allemão consagrou uma phrase que se -tornou quasi sediça, a respeito do bom .exito que sua .patria obtivera em 1870 contra a França. cc Seclan, dissera elle, não foi obra dos generaes mas sim do mestre escola». -fato significava que, emquanto .o soldado trancei daquell~ época se achava quasi desprovido das luzes da instrucç~p. o allemão havÍ.fL,· com o auxilio de professores babeis, apren– dido com os rudimentos da língua que, alem das fronteiras da patria, havia outros povos, ·outros costumes. outras.. leis; :acostumaram-se a percorrer com a vista medit;itiva os map– pas abertos á sua çuriosidade, anno_tando, verificando, apren. dendo muita cousa, que ·mais tarde lhes haviljl. de. servir e aproveitar. · · · . . Depois do estudo da língua pat1:ia é, sem duvida algur ,ma, o':estudo da geographia o que mais deve interessar o estudante brasileiro.: A historia ficará para ser aprendida. de– pois. quando estiver perfeitamente estudado o seu scenario. Infelizmente, na. nossa terra, dá-se o inverso do que aconte– ce na Inglaterra, na França, na AHemanha. ·os naturaes desses ·paizes, não saberão bem a geographia do resto do mundo; terão des~a scienç ia uma idéa· .vaga, o quanto seja sufficiente para o seu conhecimento relativo, que visf). a u_ti.: !idade. No emtanto, no que diz respeito á propria geogra– phia, -t anto· se esmeram e trabalham nas investigações desse estuçlo, que nãq é façto esporadico encontrar-se verdadeiros
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0