PORTO, Arthur. Escola brasileira: (ideias e processos de ensino). Pará: Clássica, 1923. 312 p.
., :11111111111111111111111111111111111111111111J1111111111r1111111111111111111111111111111111111111: 296 ~~ 1M PR ENSA ESCOLAR ê.'~ -r: =-' S11111111111111111111111111111111111111111111111tll!!IIIIIIJlllllll111111llllJllllllllllll1111111= de especial culto dos athenienses, empunhando uma lança· de ponta dourada e dominando ao longe o mar. O Erechtéion, dedicado á deusa deste nome e a Poséi– don, apresentava uma graciosa entrada por um portico, cujo tecto era sustentado pelas Cariatidas, enormes e elegantes estatuas de moças que revelavam no harmonioso contQrno · de suas linhas a nunca cedida pujança de imaginação da arte grega. Era no Erechthéion que se achava a estatua da Pal– las, ao culto da qual eram, semelhantemente ás Vestaes ro- manas, votadas as jovens. · . . Após o~tros santuarios, chegava-se ao Parthénon, tem-. pio dedicado a Athenas Parthénos ou ·Minerva, o principal · monumento da Acrópole e o mais celebre da arte grega. Era completamente construido d<'; marmore e com tanta per– feição que só parecia feito de um só bloco, tal .a pericia com que os sobrepuzeram, a ponto de não ·se lhes descobri,rem as divisões. As fachadas eram ornadas com esculpturas al– ludindo a scenas da mythologia. No interior, havia duas sa– las desiguaes: a maior com a est:atua de Athené, uma das obras primas do co'nsagrado Phidias; a menor, mais atraz, reservada ao thesouro publico. Baixos relevos, profusamen– te espalhados pelas paredes, reproduziam os typos atheni– enses, na procissão dos Panathenéas. Foi no lado sudeste da Acrópole, perto do theatro de Dyonisios, o qual diziam conter facilmente ·30 mil pessoas, que Péricles mandou construir o Odéon, uma especie de con:. · servatorio de musica, com cursos de ·cantos, lvra e cithara. Apezar de não ter sido possivel suprimir na ~cidade alta o .dédalo de ruas estreitas e tortuosas, aquella embellezou-se e augmentou, graças aos melhoramentos nella introduzidos pelo seu sabio reformador. , Um dos bairros mais elegantes era o Ceramico, todo arborisado, deixando transparecer no estylo confortavel, nada sumptuoso, antes ucoquette» das casas, o gosto aprimorado dessa raça que alem da arte que era a sua essencia, pos– suia o sublime dom de imprimir ao •seu . « menage n alguma cousa que contra.stava çla rigida opulencia romana e da mo– notonia barbara dos persas. Um outro bairr.o, a que gran– demente affluiam, os passeantes, era o da ,,Academian, cujo caminho pela via dos tumulos fazia lembrar heroicas recor– dações. Os gymnasios, o Lyceu, cercados de bosques. que exhalavam das rarriarias rim ar fresco e purificante, tendo ' fachadas artísticas, rodeados de uma multidão de columna– tas elegantes, eram tambem concorridos Jogares de reunião. A praça do <cÁgora» verdadeiro centr:o de -vida athe'nierise, com as · suas fileiras de estatuas symetricamente d~postas e
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