PORTO, Arthur. Escola brasileira: (ideias e processos de ensino). Pará: Clássica, 1923. 312 p.

• 288 :11111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111Ju1111111111: ~= 1 MPRENSA E s·c· , LA . , :,/ ~s . o ij ~\~ :,,11111111111111111111111111111111111111111i111111111111.11~11111111111111,11111111111111111111111! , conflagra ·uma parte do globo, envolto numa aureoià redem-, ptora, do heroismo. _ . · · O seu es,forçol contudo, comq .todos os grandes esfor– ços, não foi sufljcien~mente aguilatjldo e comprehendido pe– los seus semelhantes e, á exêepção desse brilhante chronis– ta que transcreve o façto, a Patriâ ignorante clà posse dum tão gr~nde filho não o foi arrancar á penumbra çlo , esque– cimento, para projecta·lo nas ondas de luz duma estonteado- ra ~orla. . . . Uma modesta lQcal da (( Illustration n, porem, bastou para revelar-nos esse. homem superior que, com a vida a fu– gir-lhe peJo corpo retalhado, conservava -inalteravel e primi– tiva, a vontade que nout,ro talvez já fosse moribunda ... · A faina era -grande nessa pequena ambulancia· de cam– panha. De momento a momento, macas despejavam nos lei– tos dezenas de feridos . que gemiam fot.:temente. O medico e seus auxiliares estavam de serviço e, naturalmente, muito occupados, quando ..um..caho.. de . 24 para.. 25.. annos,..animado ainda da bella febre do combate, sentou-se e disse simples– mente :·-«Tenho Utl_l pequeno ferimento na espadua esquer– da; çlê-me uma injecção anti-tetanican. Alem disso, julgava desnecessario ser examinado, visto que um camarada já o havia pensado e tinha pressa de voltar para o combate ... Não lhe fizeram -a vontade e, quando, ao despil-o, o en– fermeiro descobriu a espadua, não pôde conter um grito : achava-se em pre~ença dum enorm~ rasgão de 6 centíme– tros no mínimo, de comprimento e 3 ou 4 de profundidade. Consultado , o medico, ,este ordenou .que o· feridô désse baixa. Mas o . cabo, num tom decidido, declarou que não o faria senão quando nã9 restasse mais um sofdado da suá esquadra. Entretanto, dada a inje_çção e reno~ado o penso, o enfermeiro notou-lhe na manga esquerda da camisa ·uma. mancha de sangue.- «Que tens ahi ?» perguntou. -«Nada., uma arr~nhadura, já passow,. , Desfeito este segundQ- penso,; encontraram uma ferida, bastante profunda que foi desinfectada e tratada. Então, este extraordinario homem, .num tom calmo, àccrescentou: -«Olhem, já que estão aqqi, vejam o que tenho na perna direita, que me espeta; deve haver alguma coisa ... De facto; havia ajguma cousa, uma bala .de (( sh'rapnel H, meio enter– rada na barriga da perna·. O medico, posto ao ,corrent.e .do; caso, zangou-se e disse-lhe terminantemente que ia dar-lhe b ... . . . .. ... . . .. .... ....... ......... ,...... ...... .. ........... ....... . aixa. -«Não, não, senhor major, ' já lhe disse, conheço o meu dever; não posso •ser retirado, se não prejudico a nínguem)), ; E este heroico homem, Je.odo _a~sim .reivindicaqo . o di.: .

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0