PORTO, Arthur. Escola brasileira: (ideias e processos de ensino). Pará: Clássica, 1923. 312 p.
: '11111111111111111111111111111111111111111í111111111111111111111111111111111111111111111111111111: ~~ 1MPRENSA ESC OLAR, ~~ 28õ ,,: =""' 5111Hn111l11111111111i1111111111u11n1111111111111111111111111111111111111111111111111111111115 -Disse, infelizmente; porque é para mim um sacrificio criticar u~ escriptor da tempera ~e Tatmay, litterato de inspiração ardente e dos mais fecundos novellistas dô_Brasil. Para ser sincera, prefiro passar por zoilo e, embora s~m _c:a,pe,c.lfl.)._!;,çjen_ti.fj_cq _~-. l_it(era,rio, .9\1.S~ dize.r. o .qµ E: ._pens.<:>. sobre .o apreciado e delicioso polygrapho, auctor de uma das mais bellas obras que tenho lido-« Innocencia »-crea– ção cirçumdada de uma belle_za e encanto mysteri9sos. Intima e humana é a trama dessa historia commove– dora, urdida á luz de um ar ambiente perfumado e sylves– tre e de payzagens repletas de poesia. Nenhum outro soube produzir as bellezas naturaes como Taunay, tal a sua familiaridade com a natureza ser– taneja e conhecimento profundo da psychologia dos habitan– tes dos nossos sertões. Nesse romance .«Innocencia», litteral– rnente nacional, ficamos enlevada com os panoramas vivos, arrebatadores e verdadeiros das regiões selvagens, da vida no· ·interior; ··nesses·· ·campos· 'illimitados~· descripta com tanta naturalidade, doçura e delicadeza. As scenas succedem-se naturalmente, captivantes, leves, reaes, singelas, decorosas. O mesmo não me é possível dizer do livro «Ouro so– bre azul», pois nelle pred9minam dialogos e coloquios amo– rosos, genero de prosa para mim incolor, mo-not9mo e des– agradavel. As scenas: o jogo de salão---,-ámigo ou amiga-e o oaufragio da canôa de Laura·, no lago, de alternativa comica e commovente, são de ·effeito commum ás fitas cineinà.togra– phicas, isto é, arranjos scenicos para encher papel ·e tempo. · O auctor do ·«RetraÍte de· Laguna>>, se existisse, hão permittiria, de certo, nov~ edição dessa súa producção, por estar fóra: de moda, requisito este por elle justament~ emit– tido, quando consultado para consentir n'outra edição, vinte e quatro annqs d<:::pois da primeira. O meu juízo critico refere-se apenas ao enrêdo da _con– fecção ·do trabi:\,lho; pois, emquanto ao mais, qt1e .poderei di– ser senão que o auctor dos <<Céus e terras do Brasilp é de um estylo severo, -elegante, sobrio, vigqroso e de reaes de- _ talhes?! · · Pedindo perdão ' por externar o -que senti, .lendo (( Ouro sobre azuln, curvo-me respeitosam'eí:ite á memoria do subli– me e operoso brasileiro, .cujã actividade iritellectuál brilhou como estrella de primeira grandeza no jornalismo, na tribu– na parlamentar e· em todas as ,modalidades da litteratura, em diversos generos de pro9ucçã0' artística: . . - _ Na historia, no theatro. no romance, nas bellas artes, (na musica sobretudo) o _auctor do <iOuro sobre o azul» re-·
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