PORTO, Arthur. Escola brasileira: (ideias e processos de ensino). Pará: Clássica, 1923. 312 p.

:11111111un111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111: ~= :J- 7i5 · 1 MPR E,N SA E S-C OLAR ~~ \=JUIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIHlllll~IIIIIIIDlllllllllllllllllllllllllllllllllll= 281 · - .O problema da vida _se váe, dià a dia, tornando mais complicado e -_difficil; é necessario, .portanto, que todos nôs preparemos _para esse fecundo combate do trabalho contra a miseria e o vicio, da intelligencia contra a rotina,•abusos e preceitqs sociaes. E' uma luta sem tregua; mas ha sempre logat' para todos os corações alentados e para todos os braços vigo– rados para-- o trabalho. Combate renhido, e comtudo sem µma gotta de sangue, onde não ha canhões, .nem trinébei7 ras, nem ... ambulancias, mas o suor que fecunda as terras, · as fabricas, · as 9.fficinas, · as escolas, os cursos profissionaes, os certamens de competencia, as academias e, no meio disto, o vapor e a electricidade vinculando e unificando os povos! Não · ha ahi o estrepito das guerras que destroem, nem o triurnpho da fôrça que aniquila; é a batalha pacifica da ci– vilização em campo aberto a todos os esforços, a todas as energias! E o combate. da vida se torna mais facil, mais fecundo e mais apreciavel com o cumprimento do dever, que é a base de tudo. A maior felicidade do ser humano consiste em cumprir o seu dever pelo dever: «Cumpre o teu dever succeda o que succeder n é um proloquio popular. _ · De certo, caros collega~ que, por. vezes, tendes vistó um batalhão desfilando garbosamente ao rufo marcial dos tambores, ao toque estridente dos clarins. ·A' voz do com- • mandante, os soldados voltam-se para a direita oti esquerda, marcham, calam bayonetas, en:sarilham armas, obedecendo todos á mesma ordem, · submettidos á mesma disciplina, á mesma lei! Entrae em uma escola ou em uma officina bem orga– nizada e potareis a mesma disciplina, a mesma lei, e assim, na familia como na sociedade, onde ha uma ordem a que todos obedecem sem excepção. . Todavia, existe uma lei anterior a todas as outras, do– minando tod,os os homens, desde o mais rico ao mais pobre; ella deve estar gravada em todas as consciencias-é a lei moral ou o dever. . Eis, pois, a .divisa a embraçar; para qualquer· lado que nos volvamos, encontraremos a imposição do dever, hoje como hontem e em toda parte, até ao ultimo instante da nossa vida. ,A caridade é tambem um sentimento moral que todós nós devemos possuir com orgulho, imprimindo nalma o sêllo da bondade. Não expulseis o pobre que, ·impellido pela mi– seria, vem bater á vossa porta, _pedindo uml'). migalha de alimento .para saciar a fome.

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