PORTO, Arthur. Escola brasileira: (ideias e processos de ensino). Pará: Clássica, 1923. 312 p.

270 . :IIIIIIIIIIIIIIHHIUlllnHIIHtlttftflllffltlHlllllffllffltHIIIIIIIIIIIIWIIIIIIIIIIIUHII: ~~ IMPR:ENSA' ESCO ·t.AR ~~ , i:11111u1uw111w11u11111Ullllllll11111111111111ul1111l111111111111u111J11111111111H1111ai 1 lossaes que vêm fazer mais 'tetricó o · espectaculo dessa noi- te de borra.scà. . _ Subitamente, fulge ' no· espaço ,um ·raio illuminando por um ,rnomento . toda a .abobada celeste, deixando vêr; um pe– quenino barco .que se -debate denodadamente com os elemen– tos revoltados;. ,ousadamente e veloz como uma andorinha, ,salta quasi a: submergir-se, de onda em ronda, .em ,busca de um porto ou .abrigo. · i , Quem seria que, tão arrojadamente, ~m fragil batél, ' afrontava ·o :turbilhão dâs aguas ? ! Quem, despresando as •commodidades de seu lar, iria em 1buséa d~ ,morte, no .negro ·seio ,daquelle .mar revolto?! A1guil,l louco temerario, talvez; •algum marítimo apaixonado ·ou- suicida f · Não. Aquelle que ' tão heroicamente alli se debatia Lerá ,um joyen, filho 1 duma :patria livre e tque, ·commissionado , pelo governo de seu paiz, ·levava uma mensagem ao exercito que longe, muito lõnge acampava. - . Mas, que importància teria essa mensagem ? · _ E ' ·qúe 'ella encer·ra o lenitivo para"muitas mães, irmãs e fil},las quç choram a desgraça de ,sua nação, quasí' invadida pelo inimigo, que ·· não cansa de praticar atrocidades contra todas as leis da· hum~nidade. . E '- por ·isto que esse moço lançou-se tão arrojadamente no abysrno insondavel. · · Vae com o coração palpitante, ·as mãos crispadas no ·léme e com os ouvidos atordoados, como se' ainda escutasse · as quei:x:as e ·as rnaguas cruciante~ daquelles que a essa hora talvez já esti.vessem victirnadós pelo bárbaro inimigo. ··········· ~· ····: ··· ·· · .. ·· -:_'" · •··•·· ·· ······ ··· ···--··· · ····· · ·· ... - ... .. ..... .. _ ... ... ... ... .... ...... Como se fôra: milagre, chegou elle .são~e salvo ju_nto do seu exercito. E mal teve -tempo' para "descan·sar, · porque voltou incorporado ás fileiras, combateu com bravura du– rante muitos 'dias ·a fio, até que o inimigo, batido; abando– nou a cidade em fuga desordenada. Estava salva a Patria ! Estavam livres os seus.. QHe _alegria! Que jubilo! Viu flu– ctuar o pavilhão nacional embalado por brisas bemfazejas .e o heróe, corno um robl'e -que ?e abate tombou fulminado por terra, feliz por ter dado a sua vida ,pela gloria de sua terra natal. · .... · Gem iniano. Far.í:as~ . (do Curso 'C9mmercial )

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