PORTO, Arthur. Escola brasileira: (ideias e processos de ensino). Pará: Clássica, 1923. 312 p.
:1HHIIHHlllllllllilllllllllllllllllllllllilllllllHII..IIIIIIIIH•111111•111111111111••111111: 266 ~~ 1 r,,;p REN S A ES-CMA R 1 ~~ =•nf,.. ,11;1...........,.. 11111HHIIIIIIIIIIHIIUH•n11111111111NHIIIIIIIHIIUIIIIIIIIIIIII= ' Ao chegar á · parada ou apeadeiro, os passageiros des– ceram e eu fui andando até chegar á casa onde ia ficar. En– tão, senti uma especial .e -nova impressão : Estava tudo em silencio; os trabalhadores iam 'entrando em suas. casas, onde . eram recebidos com as caricias . dos filhos. ,Os passarinhos voavam, ligeiros para aquecer ' OS · ninhos. A jurity, pulando de. ramo em ramo, suspirava tristemente e o sabiá soltava às suas notas inspiradas pelo crepusculo. · . . . . O sinp da capella soava a «Ave-Maria». Neste momen– to :.de sau~ades parece que ·o meu coração se transformava num vacrio de solidão! . . . ' · Além 'da floresta, des1isa·va: um' rio, em que se avista~ vam as canôas dos pescadores, com as velas enfornadas pe1o ven'to que' soprava. Apreciei a entrada de um traba-, lhador no humilde lar, ,mas. onde o esp~fva ~- felicidade entre ,os beijos dos filhos. .Como erà ,enç,;trib;\dora a scena !, A esposa cantava, embalando o filhinho, urjfa dessas can– ções saudosas que nos levam á melaii.ccilià, rii~s·era uma can- ção ungida de amor.. , , ., . . . . . Na cozinha, o lume âqu~cia a ceilf~ o pobr~ trabalha– dor esquecia as fadigas pat;a gosar as venturas _do seu lar feliz. Lá fóra passava um bando, de v.~ccas ·e_de bois ·num passo cadenciado e lento. ·. ·. Eu então, abysmado nesta contemplação, suppunha que a solidão auginentava, acabrunhadora. Mas 11ão succedeu assim. No terreiro das casas, as famili_as se reunirf!m para conversar e os filhos mais velhos tocavam flautas e violões, acompanhando modinhas saudqsas. Ao ano'itecer, t.:!m oútros sitios, tudo adormece e mergulha na escuridão. . . Mas alli por · onde passei, ao lume da_s es~rellas, .toda aquelJa ge~te pobre .e simple~ parecia feliz e tranquilla ~ este espectac1:1lo reconfortou-me e inspirou-me para o trabalho. Aproveitemos sempre os nossos lazeres em pass~ios como este, pois que dão saúde e coragem para continuação da luta do estudo. · · · · Clodomir Valle. (do Curso Primario). Má . acç~o punida O facto deu-se em nosso collegio. Um dia de tárde, á ·hora do recr·eio, alguns alumnos se divertiam em perseguir uns .inoffensivos .lagartos que costu– mavam estender-se ao.s ,raios do s.ol como par,a bariharem,se deliciosamente e a _dquirirem. calor..confo~tante. . . ~
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