PORTO, Arthur. Escola brasileira: (ideias e processos de ensino). Pará: Clássica, 1923. 312 p.

...... .... r • :111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111: ~'.i A PAI_XÃ0° E A FINALIDApE DO E_NSINO_ i.-'--- ,-,= ="'· :,,1111111111111111111,;1111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111! _.. 27 d, ; ,., tre e outros reclamaram a reforma da educação do povo em todos os seus graus, como cpndição ·de ~xito na satisfa– ção das novas necessidades nacionaes. E logo Edmundo De– moulins, estudando as escolas inglezas, fez a estupenda re– velaç~o da superioridade dos anglo-saxonios sobre os fran– cezes e, em seu ,outro livro intitulado «Éducation Nouvelle n, ditou as çotidições , dessa refoi-m'a ·e prop·oz:se a ' executai-a num instituto modelo, (( L'École des Roches n, onde, á seme- - Jhança de outras, inglez'as, ;suissas e _allemães, algumas .das quaes visitámos, -' só . se edu,ca , para. a vida · completa e util, procurando-se combater o mais possível os vicios do que, cá e lá, se chama o bacharelismo. Tambem cá, premidos pela necessidade urgente de.dar orientação segura ao poyo brasi~ leiro para preencher os seus destinos e, contemplando com assombro o progresso de certas nações americanas, os nos– sos governos republicanos já, têm ensaiado algumas reformas da instrucção, ao .p~sso que, em polemica travada nos parla-. mentos, na imprensa e na litteratura, vão surgindo críticos de– molidores do systema do ensino official. Entre _os· mais nota– veis, citaremos Sylvio Romero, para o qual, nesta vexata ques~ tio, falta-nos, entre outros elementos, o pae de familia, por isso que este, muita vez, contraría ou não. comprehende as nos– sas idéas, não acceita o ensino desinteressado como cultura nem como força abroqueladora do caracter, para só exigir distincções graciosas e habilitação dos filhos aos empregos so~ados ou a figurações politicas. Taes. verdades são mui· te. repetidas na tribuna e na imprensa. Mas o grande só– c· logo vae além, e responsabiliza tambem o discipulo pela deficiencia do ensino e, neste ponto, não tem razão. Effectivamente, se a mocidade não nos apparece, como era para desejar, estuante de vastas aspirações; se não sen~ te a necessidade deJhaurir cultura viva, reconfortante e fe– cunda, que lhé •sirva até mesmo de arma de guerra contra o despotisrri9 éla sorte, 'na phrase' desse vibrante pensador, ella não' tem culpá. de que, por incompetencia ou apathia, não a preparàssem p·ara isso os responsaveis da sua educação. Aos ·paes, sim, é que competia atear-lhe e alimentar .o fogo sagrado do interesse pela instrucção, se todos estives– sem bem dispostos para tão nobre mistér e mesmo habilitados para julgar do merecimento dos mestres, como entende, superiormente, Agostinho de Campos, aconselhando que, se elles quizerem saber se é bom o mestre e se é idonea a es– cola, não se limitem somente a averiguar sobre a simples instrucção dos seus filhos, mas tambem se lhes foram com– rnunicados os bons habitas de conducta e de trabalho nos