PORTO, Arthur. Escola brasileira: (ideias e processos de ensino). Pará: Clássica, 1923. 312 p.
':11í111••11111111••11•11111111••11•i11•1111•••1111111•11111111••1111••••1111••••11••·••Í••·••i••·= ~= :J~ 7/s I MPRENSA ESCO L AR !,~ 26L i111u111••11111•11111111111•11..111n1tÍu11111111i111~,11i11•.... •••••••Í11i1111111•••111111111.! tos moraes e pattfotic·os, 'àpontánao-nos) corno uri:i"riiéio re·, creativo e pr-atico de -educar 'o ·caracter das crianças. Com effeito, de há muito· se vem; praticando esse me– thodo na escola·primaria deste collegio aproveitando as pro– fessoras : de cadà classe as áulàs de Moral para ·contar al– gumas historias, de interesse educativo ,. ou ainda, fazendo-ó ·occasionalmente, · para ensiriar·lhes as regràs de hygiene·, corrigir um màu habito que-descubram no a1umno ou levan: .do-o a examinar é julgar por si proprio uma falta em que incorrêra:. · ' Pois bem, hoje, a exemplo das escolas su_issas e bel~ ·gas, essas- lições deixaram 'de restringir-se ás classés, para serem dadas, semanalménte, em -- palestras assistidas por to– dos os alumpos e divididas em series, que abordam e des– envolvem o --mesrno~assumpto escolhido. Assim é que já se tem tratado .da hygjene em geral, das riquezas do Brasil, da educação physica e moral, dos tres reinos da natureza e de outros assumptos, achando-nos actualmente empenhadas em indicar aos alumnos quaes os livros que devem preferir para recrear o seu espírito, quando em ferias ou nos intervallos dos estudos. Estas palestras, feitas em estylo claro, em linguagem simples e accessivel ás intelligencias infantis, entremeadas de conselhos e historietas. já aconselhadas e postas em pra– tica por Gauthier e outros educadores, são de grande me– recimento pedagogico, porque, a par do bom humor que des– pertam nos alumnos, aproveitam não só a estes, fazendo-os adquirir o habito da attenção indispensavel ao bom exito do ensino, desenvolvendo e cultivando as suas virtudes pelos exemplos apontados, ensinando-lhes a maneira de viver bem, incutindo-lhes o amor pelo trabalho. o interesse pela leitura de bons livros, como tambem á professora, que terá de es– tudar, praticar e aprender a melhor maneira de se fazer comprehende~ pelos seus pequeninos ouvintes, augmentando, ao mesmo tempo, sua cultura. Falar e escrever para crianças demanda muito estudo, pois suas intelligencias embryonarias ainda não podem es– merilhar, por entre o rendilhado de poesia, o sentido verda– deiro do facto que se lhes narra. Não é, portanto, com flo– res de rethorica nem com um estylo redundante que se obtem dellas a attenção ou se faz vibrar a sua alma. E' pre– ciso, para que comprehendam o que se lhe diz, empregar palavras familiares, e só assim ppderão reproduzir na sua linguagem infantil o que ouviram e a lição será proveitosa, satisfazendo os nossos ideaes de educadores. A principio, nos dias convencionados para tal fim, ellas •
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