PORTO, Arthur. Escola brasileira: (ideias e processos de ensino). Pará: Clássica, 1923. 312 p.
.:1111111111111111111111111111I11.111111111I111111111•111111I111111111111111•11111111111111u.u1111: 7~ . . 1 MPRENSA~ESC Ol AR . . .. !* 2õ9 S:~11~1111111111111•1111..,,..111111Iu............,,..,1111I1111I111..111111u11111111u111111111! A riremori~- das , erian~as -- ' Ao .- friiéiar .á minhá vida: no magisteri'o parae:nse, ouvi a!gure~, nl s, p~J~stras .,entr~tidas_co.~ antigas pr:ofessoras, dizerem estas que tál ,memno .nao tmha memoria por.que n~o retinha por , muito tempo .as · lições explicaqas ou não _conseguia r~te,r . o tre.cho do' livro qu.e ,lhe davam a deco7 rt!r, ap, rfa:s~o ..que aquell~ ,outro ,era forte rete·ntor e bom estudante: • · ~ · - · ·- · · ' . Çom o .decorrer .do tempo ;' porém, após,p_rofundas obser– vações .e haver corpPculsado alguns .livros _de pedagogos; se- '~. guindo os conselhos e methodos -differentes por elles recom~ -~ nH.~ndados, 1 conch~i 'que er_sl e~rqnea a opinião <!essa~ educa~ _doras, por ·concordar com Farias- de .Vasconcellos, que af- ~ firma não possuirmos ..uma .memoria .s6, mas memorias ,par– ' '~iaes . dependentes das diversas modalidades psychicas. Ess :tas ,memorias. âiz .. elle, _ são côrrespondentes ao numero de ; ;ensaçõ.es : .memoria auditiva, visual, motora, tactil, olfacti; ya, gustativa, soffréndo então ainda subdivisões taes .como: .rnemori~ :das fórmas, da~ , distancias, das ;côres, dos sons, etc.. . para .todas .as /quaes 'se deve voltar,,' ao -mesmo tempo, ·a vista 'dô profêssor . · ' - '· ., ~ ' ' · .· Oue seria, -pois , âumá: creançâ que ·- não 0t ivesse me– moria-? .Não. passaria de- uma -infeliz cuja existencia se re· s:µmfria nas sen~mções- do momento,~fadada a não . pQder, ÇO!ltO; n.6!,?, -av:ivar-recorqações de.scenas agradaveis desenro, ladas em nosso vive r, reter ui;na paizage.m· deslumbi:ante e ~ncantadora que, ·por ,vezes~,nos ,commove .a alma s uggerin– do o amôr ao Bello · .- · , , - ., ·· ·. - , Ássim, nessa. ~riança classificada .se~ m~m'iria; pode– r-i~, com~ diz Queyr,at, pr.edominar- ·:um typo de -imagens de~ terminadas e esse predominio asseguraria á sua intelligen– cia uma.superioridade ·n~ma direcção:detet1minada,;Porquanto, a ;- verdade -paten.te é ,·,que, todas as creanças ·têm memoria ~ob . uma Ae suas modalidades. Haja vista ,o facto de nem todas ellas fixarem no cerebro, .nem reproduzirem as im, p_ressões da mesma forma e sim _. de maneiras· particulares; Umas ~s ,rej:em melhor .o.uv: indo, outras vendo e , outras, afi– nal, pronunciando ou escrevendo. . ,.-;·-: ,-_ , .i e:.. . , Segundo Farias de Vasconcellos, emquanto. umas po– dem representar visualmente, ãe. um modo muito nítido, um objecto qualquer, sendo ,entretanto · incapazes de evocar uma representação auditiva, · outras reproduzem melhor os ;sons, .uma phras~ ·ou- sentença ouvida. Quantas vezes, em nosso labor · escolar, não temos eqcontrado esses .typos dif~ 1 • • ' ' • . " _. • , ••, .. • ~ •• • .., • ... • ~ ' •
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