PORTO, Arthur. Escola brasileira: (ideias e processos de ensino). Pará: Clássica, 1923. 312 p.

• 26 ~ . :111111111,n1111111111111111111!1111111111111111111111_1111~1111~1,,11111111111111111111111111111: ~)i A PAIXÃO E A FINALIDADE ·oo ENSINO O i(< 511111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111i11111111l1111115 devem ser promovidas no interesse· deste:grandioso Estado, pelo menos! Isto diziamos em 1912 e, · ao ler os ultimos trabalhos do deputado federal dr. José Augusto, em livro; sob O · titulo <1 Eduquemo-nos», com prazer verificamos a mesma idéa de reforma do ensino publico, ·de accôrdo com as necessidades regionaes. ·, J"{acionalização e reforma do ensino Este assumpto lembra a nacionalização do' ensino, in– dispensavel ao nosso progresso que, ao meu vêr não se fará, como propunha José Veríssimo, somente pelá discussão dos nossos interesses, pelo estudo dos assumptos brasileiros, em livros de compatriotas bem inspirados. Pensamos tambem ser necessario que os educadores, sobre versar bem a nossa lingua e possuir cultura pedag~gicà ,. tenham nascido de– baixq deste céo do Cruzeiro do Sul, para poderem sentir comnosco as mesmas vicissitudes, tomarem ·a responsabili– dade de remediai-as, emfim, irmanarem-se no dever de tra– balhar pela prosperidade e grandeza de nossa Patria. Só as– sim elles nacionalizariam a nossá escola, organizando-a, como já se tem dito, de accôrdo com os nossos usos e costumes, para se aproveitarem as forças vivas do paiz na formação do caracter brasileiro. Ao contrario, limitando-se só a instruir, não poderiam fazel-o nem vibrar de enth'usiasmo e commu– nical-o á mocidade, sempre que tratassem de interesses nacio– naes ou das nossas caras tradições, pois ficariam quasi con– trafeitos, retrahidos ou frios, com grande prejuizo da cul– tura cívica, parte integrante da educação, necessaria e com- pleta. . . · Por isso, bem avisado andou o governo do Estado de São Paulo, exigindo dos directores das escolas particulares, no regulamento de sua instrucção publica, o compromisso de respeitarem os feriados nacionaes e ministrarem o ensino de Portuguez por .mestres brasileiros ou portuguezes natos e q de Geogrãphia e Historia do Brasil somente por brasi– leiros natos e, ainda assim, sob condição de competencia reconhecida, a . juizo da directoria geral, e de ensinarem, nas classes infantis, cantos nacionaes approvados por ella. Foi– lhes prohibido o ensino de linguas extrangeiras a crianças menores de dez annos. . Em materia de ensino, parece que estamos na mesma situação em que se achava a França, quando Julio Lemai- •

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