PORTO, Arthur. Escola brasileira: (ideias e processos de ensino). Pará: Clássica, 1923. 312 p.
:111Hlllllllll,llllllllllllllllllllltllllllttlllllHIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIHI: ~'-ª 1 MPRENSA ESCO L AR ê:'~ 225 ,-,: =""""- :,nHHIIIIIIIIIIIIIIIUIIHIIIIIIIIIIHIIIIIHIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII= mas a Morte não te parece um allivio para a vida tão cheia de duvidas, de incertezas, de trabalhos? Vês este forte rapaz que me precede? E' o Alcool, o meu melhor auxiliar. Elle prepara o caminho por onde de– verei passar triumphante, derramando a messe farta da tu– berculose, da malaria, da escarlatina e da peste, de que nun– ca me faltam provisões. Bem vês que não me falta o que dar. E tu, quando muito, só poderás dar uma unica cousa -a saúde. Ora a saúde! Mas quem se importa com a saú– de? Os que a possuem, quasi sempre brincam com ella nos pés, como se fôra a bola do jogo. E tanto é verdade quanto affirt'no que me ouves com indignação, e não me contradizes. Eu sei que por toda a parte gritas, bradas, clamas contra mim. Tanto não me preoccupo comtigo, porque tambem sei que sou preferida. Certo, ás vezes, me poderás impedir os passos. Mudarei de vestes, mudarei de nome e procurarei passar. Se não posso ser Febre Amarella aqui, porque o teu sectario Oswaldo ·Cruz me deteve e, se quasi já não posso ser Lepra na Suecia, porque Hansen, outro teu discipulo, procura desarmar-me, serei, aqui e lá, Meningite Infecciosa. Adeus! Fica sonhando com o teu ideal, que é o meu aniqui– lamento. E a Doença, caminhando a passos lentos, já ao longe, vae cercada de vultos que mal se delineam, na penumbra do crepusculo, e que, a todo o instante, chegam, pressurosos dos atalhos, como saem das choupanas, das herdades dos cas– tellos, na anciedade louca de seguil-as. Pinheiro' Sosinho. (Prúfessor ele Histori a Natural e Hygiene) --
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