PORTO, Arthur. Escola brasileira: (ideias e processos de ensino). Pará: Clássica, 1923. 312 p.
22 f :IIIIIIIIIIHIIIIIIIIIIIIIIIIIIUIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIUIIIIIIUIIIIIIIIIIIIU: ~;~ A PAIXÃO E A FINALIDADE o·o ENSINO t~ :,11111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111iü.11111i111111111i ___._. _O que póde acontecer de peior a um bom educa– dor é sentir vacillar . sua vocação, quando se reconhece um psychologo nullo . , --Ha um .aphorismo que deve dominar logicamente toda a conducta do educador em classe: Nenhuma recepção .sem reacção, nenhuma impressão sem expressão correlati– va. E ' a grande regra que o pedagogo jamais deve esquecer. --Fazer aprender a recitar de cór, entendendo o as– sumpto como methodo, muito importante, de rea_gir por nos– sas attitudes sobre .nossas impressões. ---0 campo das reacções activas deve ser ampliado pela introducção das lições de coisas concretas que consti· tuem a gloria das escolas norte-americanas. --0 maior progresso effectuado nestes ultimos tem_– pos na educação secundaria é a intropucção dos trabalhos manuaes, não porque · faça homens mais babeis e praticas, mas porque os fará : cidadãos de fibra intellectual, inteira– mente nova, por habito ,de observação, capazes de distinguir entre uma idéa exacta e .outra vaga; elle dá a intuição da complexidade da natureza e ·mostra a que ponto a idéa abstracta é incapaz de descobrir . duina maneira adequada o phenomeno concreto, Ainda produz a precisão, a probi– dade, a posse de si .mesmo . -- Nossa educação consiste numa multidão de possi– bilidades de reacções adquiridas. ora em classe, ora com– nosco, ora nos negocios; A · tarefa do eduQ'.ador é vigiar a marcha dessas acquisições. ·-Ensino intuitivo Sobre o problema de ensinar e a excellencia do me– thodo intuitivo, assim nos pronunciamos, falando ainda a no– veis professores : , Alfredo Binet, no seu celebre livro sobre o ensino •rno– -derno, mostra como o professor deve attender, antes de tudo, ·a tres considerações:-o que ensina, a quem ensina e como ensina; e, numa phraze feliz, ataca a questão dos methodos, :nestes termos: « Se o fim do ensino é formar maneiras de :agir e de pensar, se é fortificar essas maneiras em habitas ·para realizar uma melhor adaptação do individuo ao seu -meio, a escola vale somente como preparo para a vida e, assim, todo ensino verbal torna-se inutil, porque ·o· verba:– ·Iismo é apenas um symbolo e a vida não é uma palavra!n O ' discípulo, accrescenta, não deve ser considerado um méro r ecipiente de instr-ucção vertida, mas um individuo ac_tivo; é preciso que aquelle se torne um excitante e que este lhê - •
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