PORTO, Arthur. Escola brasileira: (ideias e processos de ensino). Pará: Clássica, 1923. 312 p.
:11111111111111111111111111111111111111111111111111111111111101111111111111111111111111111111111: 206 ~~ . SU GGES T Õ ES MORAE S ~~ 5111111111111111111111111,,111111111~111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111! Lançae um olhar' em redor do rn:iundo.. Que vêdes? Até batalhões de moças_ voluntarias do e,xerdto seguem para a linha de frente do combate ... Que · ent,hqsiasmo ! Que pa– triotismo, nesse esforço de. coragem ! E Rão nos consta que já fosse aprisionado algum delles sem honrá. Dizem que, quando o,s ultimas batalhões femininós se approximavam das linhas allemães, os jnimigos deixavam as ·armas, gri- tando : Kamarade ! Kamarade ! ,. . . · Pois bem. Agora, depois da grande guerra, o nosso triumpho será ainda maior, á vista .da diminuição geral dos homens, que vamos substituind9 .em todos os mistéres. nas · industrias, inclusive a de munições de guerra, nos vehiculos, nos caminhos de ferro., _na )ayçmra, nas ' repartições publicas e nas posições_politicas e rpilitares ! Mulher.es politicas. Como , será çhiç uma senhora-presjdente~ou . uma ministra, uma em– baixadora na China on uma ,consuleza na Russia ! Discutir como senadora, como • depÚtada ou. falar ás massas, num comício eleitor~!!. E ,as coronelas, as generalas, de botas e esporas, to,çlas armadas e marchando. elegantemente ! ... Em nossa independencia de idéas e profissões, nada encontramos que nos detenha o passo; nem temos . crianças que fiquem em casa berrando por nós! . . . · Mas, por falar nisto. A's vezes, no meio do nosso des– lumbramento e da nossa faina, uma idéa triste nos atravessa o espírito, enchendo-nos de aprehensões .graves. Sentimos um mal estar indefinível e ficamos ta,eíturnas, no meio éla mul- ~~- . . ' Que será? !.· .. Não pe~sem que é o medo da guerra, pela certeza dos perigos imminentes .que yamos correr; não são os receios , da nossa derrota, em prejuízo da patria; não ·. é o excesso do trabalho pela substitu_ição do braço e d~i in- ' telligencia dos . nossos .bravos irmãos: que morrem ou se· inutilisam na luta. Não é nada que se pareça com isso, meus senhores. · . . · Nosso mêdo, o subito terror panico .que põe .agua fria na fervura do nosso enthl,lsiasmo, o nosso espectro ·ater- . radar. vem da idéa certa de que, se ·o numero dos moços vae diminuindo, .na bôa sociedade, e se continuarem as rnal– ditàs guerras, corremQs o grande, o formidando e inominavel · risco de entrar na for.mação de outros batalhões, . muito . ·mais numerosos, em cujos exercícios serão ouvidos mais · suspiros do que tiros-os desolados batalhões das solteiro-. ; nas sem esperança ! .. . * * * Deherno-n~s, porém-, de g~acejos. Solteiras ou casàdàs " ··- ...
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