PORTO, Arthur. Escola brasileira: (ideias e processos de ensino). Pará: Clássica, 1923. 312 p.
, . jiplllllllllllllllllll111111111111lllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllttllllllllll': ~I su GGE s T õ E s M o RAE s ~~ •ltllllHIINIIIHlllillllllllHlllllllllllliHIIIIIIIIIIIIHIIIIIIIIIÍIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII= O féminis·~o ~ a guerra 'nn'oN.o.Lóao · · (Para as mo~as do · CoUe~io, ,;-Progresso Paraense") Meus senhores. Neste seculo de agitação, de crmca e de guerras, per· mitti que aproveite o momento de grandes expansões e ve– nha carregar· a minha -pedrinha para um dos mais bellos edi– ficios: monumental, ·inexpugnavel .e ,immorredouro baluarte da ··intelligencia humana.· Quero·falar da elevação da mulher moderna ás mais altas posições da sociedade culta : · No· tempó antigó, como sabeis, a mulher não sabia de éasa, oride vivia e se .prepara.va para a abençoada missão de mãe de familia, salvo as moças consagradas ao culto divi– no; todos os seus officios eram caseiros. Só po1:1co a pouco, e 'pór :via de drcumstanê ias oú incidentemente. é que se ·foi dilatando o: circulo de sqa actividade. Assim veiu a· ser ama de leite e aia, modista,.lavradora; enfermeira, empregada do commei-cio, · professora, etc. Era de ver cQmo os velhos do antigo regímen reagiam .contra o progresso e emancipação de suas filhas. Quaritós r àlhos, quantos castigos não soffre– ram ~s meninas daquelle tempo, vivendo num cortado, nas cidades ou 'nos' campos ! Não liam livro nem jornal sem a censura prévia de seus mentores; não chegávam ás janellas, nem recebiam certas visitas, para não se communicar ·com os pelintras, seus co– nhecidos ou conversados; não iam aos bailes para não dan– çar puladas, salvo se fôsse com o titio ou com o compadre do papae. A ·sociedade era-lhes tão suspeita que alguns pre– gavam a reclusão das senhoritas mais vivazes nos conventos, para não perderem o reino' do ceu por seducções terrenas. Evitar os theatros era uma regra insophismavel e uma questão fechada. Quem seria capaz de aturar comicas nas suas desenvolturas no palco, seus ditos maliciosos, seus ves– tuarios de espavento !... Para que as moças podessem abra– çar a.. profissão de mestras, foi preciso que os governos cre– assem estes cargos, que copstituiram um ganha-pão e um dote para casamento. Mas, pata ser caixeiras, guarda-livros, se– cretárias e dahi até doutoras, ou occupar posições ainda mais elevadas, as pobres mortaes têm suado o topete l Afinal, estamos triumphantes, embora as pessoas de ou– tro tempo possam hoje apontar em nós muitos defeitos, ex· cessos e abusos creados por esta situação de modernismos que vae marchando para uma transformação ,geral\ dos cos- J
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0