PORTO, Arthur. Escola brasileira: (ideias e processos de ensino). Pará: Clássica, 1923. 312 p.

, 20 :11111111111111111111111111nnn111111111n1111111111111111111111111111111111111111u1111111111: ~)~ ll PAIXÃO E A FINALIDADE · DO ENSINO t< 51111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111i111111111111111•= j\cção da pedagogia E será possi vel tentar a grande empreza da educação ·sem preparo· technico ?· ' Emilio Faguet disse, uma vez, não acreditar na Peda– gogia e o proprio Binet, concordando com certo psycholo– go, a.ffirmou que ·muito se ·diz e pouco se prova a respeito àetia. Nós, porém, cada vei mais confiamos nessa sciencia, hoje vivificada pelo espírito fecundo dos conhecimentos mo– dernos, sobretudo da Biologia, Psychologia e da Moral, por– que ella já não .é uma collecção de formulas áridas, mas a sciencia experimental da educação, egualmente do homem e da mulher. Sabe-se como a preoccupação dos verdadeiros educa– dores, neste seculo, está em organizar a Escola para a vida em todas as suas exigencias profissionaes, como o cultivo da .hygiene escolar vae tomando proporções cada vez maiores a bem da humanidade, e isto é, pelo menos, uma prova elo– quente e positiva do triumpho da Pedagogia. Podemos pois, concluir com Angelo Mosso, affirrnando que, quanto mais pro– gridem as sciencias, tanto mais se a vigora a Pedagogia, que a arte de ensinar torna-se o centro de attracção em todos ·os conhecimentos scientificos capazes de melhorar ou aper· feiçoar a natureza physica e mental do homem. A Pedagogia moderna tem ainda o grande e . bello me– recimento de tornar mais .completo e mais rapido o preparo das crianças, mandando observal-as para comprehendel-as, _amal-as e educal-as, pois que nada se poderia construir com exito sem primeiro verifica'r as suas tendencias, curiosida- . des e .interesses é até mesmo as sobrevivencias das heran– _ças moraes ou os vícios que trazem para a escola; e, não havendo instrucção completa e harmonica que não vise a educação humana, o melhor systema pedagogico é o que se vem cimentando desde a escola de Herbart. Esta educação, visando um paiz ou um povo, forja o cunho do caracter na– cional. José Veríssimo, com razão, chegou a dizer a tal res– peito: « Toda a instrucção, cujo fü11 não for a educação, e primando tudo, a educação nacional, perde, por esse simples facto, toda a efficacia para o progresso, para a civilização é p·ara a grandeza de um povo. E uma educação· para ser nacional precisa que a inspire o sentimento da Patria n. ( 3) Por isso, falando uma vez a professoras normalistas (3) V. «Educação Nacional ». •

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0