PORTO, Arthur. Escola brasileira: (ideias e processos de ensino). Pará: Clássica, 1923. 312 p.

:11111111111í11111111111111111111111111111111u11111111111111111111111111111u1111111111111111111: 190 ~)~ SU GGES T Õ ES MORAE S ~~ E1111111111111~.'."~•f••••111111n11.1111i111111111111111111111111111111111111111111111111111111111! amolar a paciencia com ,tarefas obrigatorias, que não ha em outros collegios. ' Para que? disque para saber recitar, falar, çliscutir, conhecer o que se passa no paiz, metter o bedelho em tudo ... Isto até parece um c9r:itrasenso da disciplina! Já estou cansado de dizer . que não sou criança para· ser obri– gado a essa maçada! :Preciso desafogar, _bancando elegan- cia por ahi a fóra, comçi_faz o pessoal chie. (anda). . Guilherme- E você esqueceu _ a cousa mais humilhante de todas, o maior ridiculo a que nos sujeitam neste collegio ! Sabe o que é? (pausa). O tal batalhão de crianças que nós -temos de puxar., nos primeiros pelotões, como soldados me– çanicos !.E se a gente cae doente de proposito para não for– mar, fica privado de passeio. Se não nos sujeitamos a um cabo ma{acabado, soffremos cóns_elho disciplinar. -{bate o pé) Ah! Este batalhão não pode continuar ou antes, não nos deve– mos mis~urar com essa criançada! Pelo menos, que só fa– çamos exercícios com o nosso instructor, para sermos re– servistas do exercito, tirarmos a nossa caderneta e ficarmos livres do sorteio militar! · · . An\enoi-- Conspiremos,_éntão ! Guilherm~- Qemos um fóra nisso ! Antenor- Nós j,í não somos c;:rianças ! Guilherme-Sim. Nós já não somos crianças! (Saem) · SCENA III Dalila -e Zeneida, alumna s do Curso Normal, atra vessam a scena, fa, ·tando uma no ouvido da outra, zangadas. . . J;)alila-Não v11:mos l não vamos! .Não . queremos saber de gymnastica nem de recreio ! . . . Quem quizer que vá suar as blusas e .apanhar resfriamentos._Para que? Não precisa– mos .de .mu,sculos. A mulher deve se_r delicada e sentimental. Zeneida-:-Olh~, saQ~~? (fala em segredo).Ah ! mas quem te disse? Elle estava ? (baixo) Cuidado! O Director está nos qlhando; vamos disfarçar para longe. {saem) . (Entram A ntonia e Judith, de braço dado, no mesmo tom). ,Antonia-Sabes? Já fomos intimadas par~ comparecer ao primeiro -festival deste anno a effectuar-se jüstamente num dia em que eu devia ir ao campo do Remo! Ainda bem não começa o anno e já andamos no passo do constrangimento. . Judith- Q1Je mania! Querem fazer de nós poetisas _e co– micas á fo rça ! Arre, que collegio .maçador ! Se, ao menos, nós gostassemos de appl~usos ... Muito obrigada I Preferia n_ão passar por tal vexame e n_ão seriamos ·menos patriotas não assistindo a essas festas tão desenxabidas:- Basta, para nosso castigo, que sejamos_obrig_a_das a ouvir _as. taes pales-.

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