PORTO, Arthur. Escola brasileira: (ideias e processos de ensino). Pará: Clássica, 1923. 312 p.
:111111111111u111111111111111111n111n11111111111111111111111n11111111111111tt1111111111111111: ~'-ª .p ALESTRAS SEMANAE S §;'~ 177 n= ="---.. 5.1111HIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIINIIIIIIIIIHIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIHIIIIIH5 6;a PALESTnA r(ygiene -Escolar Outra dedicada professora assim encerrou esta 4.a serie: A Hygiene Escolar envolve muitos assumptos de gran– de importancia, que são mais do conhecimento e interesse do professor do que de alumnos, Portanto, não vos falarei de como se deve construir uma casa de escola, distribuir os seus aposentos, provêl-a de bôa agua, ·de bôa luz, de bom ar e de bons moveis, .de manejra a tornai-a hygienica; tão pouco.não .comprehenderieis as minudencia~ - sobre o registo do vosso 'crescimento physico, sobre o vosso somno, alimentação, ex– ercícios physicos, vossa vida intellectual, v.9ssos estudos gra– duados, exames meâicos, etc., .te. Pretendo falar-vos, especi-:.– almente· das doenças escolares, -para que possaes,conhecei-as e defender-vos quanto fôr possível. Primeiramente tratarei das molestias do esqueleto, que se manifestam no individuo, geralmente, em consequencia das posições viciosas durante a sua vida escolar. Essas mo-• lestias, ás vezes, resultam tambem da má commodidade das carteiras adaptadas nas escolas. Já não é pouco sermos sujeitos aos chamados agentes mecanicos e physicos, como a pressão atmospherica, o ca– lor, o frio, a ·electricidade, etc. que nos podem prejudicar a saúde; aos agentes chimicos, como os venenos provenientes do tabaco, do alcool, do chumbo e tle certos remedias e ga-. zes; especialmente aos agentes vivos, como os parasitas, os microbios, os vermes e certos insectos transmissores de mo– lestias. Ainda as ha adquiridas nas escolas, que podeis evi– tar cumprindo bem os preceitos_da hygiene. Quando virdes algum companheiro torto, mal apruma– do, curvo, vesgo, miope, gago, nevrotico, epileptico, histe– rico e até, algumas vezes, tuberculoso ou paciente de ou– tras molestias visíveis,- deveis logo reflectir que, pelo menos, esta infeliz creatura não quiz seguir conselhos ou instrue.., ções de hygiene e, por isso, tornou-se ·defeituosa e inutil _para toda a vida. · Ora, se é uma infelicidade nascer-se doente, maior ain– da, me parece, é a de vos tornar-vos inuteis, feios e fracos -por absoluta falta de cuidados. Digo uma infelicidade, porque, mesmo se pudesseis triumphar na vida sem trabalho, não po– derieis entrar em confronto de belleza e de valor com pes-, sôas fortes, sadias e bellas. Lembrae-vos de George Walsh, de Tom Mix e de William Farnum! Como são dignos de ad– miração pela sua força e figura physica e como devem ter
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