PORTO, Arthur. Escola brasileira: (ideias e processos de ensino). Pará: Clássica, 1923. 312 p.
::1111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111-=: ~'i P.AL E S,T RAS SEM A N A E.S i~ 169 :111111111w11111111111111111111111111u111111111111111111111111111111111111111111111111,1111111E 2.a PALESTRA perigos 3dvindos do ar, ,do solo e .da agua Uma ·outra professora explanou o assumpto, de accôr– tlo :com a seguinte orientação de idéas : Os poderes publicos, .em nosso Estado, têm com a Hy– giene especial cuidado e se empenham, ora em fundar cen– tros prophylaticos que ·diariamente trabalham pelo sanea– mento dos diversos pontos da cidade mais affectos ou con– taminados, principalmente pelo impaludismo e pela verminose, ora ho:~pitaes de isolamento para tuberculosos, variolosos, le– prosos · e amarellentos, onde .os doentes são tratados com conforto e carinho ,e, alli detidos, impedem que se espalhem essas molestias terríveis. . , . .Entretanto, não basta somente que os governos marite– nham esses meios de defesa contra taes doenças ; é ' preciso tambem que saibamos precaver-nos .contra .os element0s pro- pagadores ,das mesmas. ·., A nossa vida se passa .sobre o solo e, por isso, estamos sempre em contacto com elle, donde tiramos tudo que nos é necessario á existencia. Assim, é sobre o solo que c·onstrui– mtis as nossas habitações, é da sua fertilidade ou aridez que depende o nosso bem estar, é delle que brotam as arvores, offerecendo fructos saborosos e ríramos a agua que nos mi– tiga a sêde. Mas o solo é povoado dum grande numero de bichinhos chamados microbios transmissores de dpenças peri– gos;:ts, e muitos lhe occupam as camadas superiores, ao passo que outros, a pouco e pouco, se vão entranhando em pro– fondidade maior. E' por essa razão que não se deve comer . fl pedaço de fructa, pão ou carne que cahiu no chão, porque ~ troduzindo-o na bocca, poderemos . ingerir centenas desses bichinhos que irão atacar o nosso organismo. Alem disso, a terra sobre a qual cahiram pôde ter recebido o escarro dum tuberculoso ou o contacto dum leproso ou paciente de molestia infecciosa. Acontece sempre .que as crianças, brincando nas praias com terra ou areia, ficam cobertas de feridas e cheias de frieiras nos pés, quando nã\.o os lavam convenientemente, sen– do os microbios alli existentes os conductores desse mal. Se contra o solo devemos ter certos receios, não deve– mos ter menores em relação á agua, porquanto é_ella utili– zada por nós em todos os misteres da vida. Como sabeis, os rios e as fontes rebentam da terra e correm sobre ella, e por isso devem conter os mesmos microbios; dahi o nosso cuidado em não empre&"al-a, quer como bebida quer para a hygiene
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0