PORTO, Arthur. Escola brasileira: (ideias e processos de ensino). Pará: Clássica, 1923. 312 p.

:1111111111H11i1i111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111c~ 160 ~~ P·Á L: E ST· ft:AS 'fE•MANA·E·S· ~~· 51111111111111111111111111111111111111111111111111111111111u1111111111111111111111u11111111111.E se sacrificava' ·pélos seus éoÜegas, rara e vérdadeirà alma· de justq a quem·· o mestre honrou varias vez~s, perante to– dos; como ó pequeno patriota paduano que teve coragem de arrojar ao-:rosto -de tres passageirós ·de um transatlantico em que viajava, em 3·.a classe, as moedas que delles recebera de esmola, porque, deitado em sua maca, (?S tinha ouvido falar mal de sua:.. terra, e então levantou:se, dizendo-lhes que nãq acceitava esmola de quem insultava seu paiz; épmo umas me– ninas collegiaes soccorrendo um pequeno limpador de cha-. minés, que . chorav:a por ter per~ido o preço de seu trab~– lho. Taes fados, disse ella, bem poderiam súcceder entre nós, porque ,esfou certa de que .os estudantes brasileiros tambell'! são capazes dé praticar tão bôas acçpe's como aquellas meni~ nas carid0sas. E accrescentou:: << Ainda hontem um meu p·e– qµenino di~cipulo da aula infantil cónségµiµ o perdão pata· um collega ináis velho privado de reci:éio. E o Director abra– çou satisfeito por veri6ear, sua bondade alliada á sua coragem. Quanto ao caso das meninas, se é certo que não ha en° tre nós,péqúerios limpadores de chamínés, ha, todavia, crian-. ças cpmo os engraxates, doceiros . e vef!dedores de jorrtaes, que traBalham durante o dia para levar dinheiro aos seus paes e patrões. Ora, sé uma dessas crianças passasse ·por nossa escola chorando pelq mesmo_ motivo do peq~enõ : ita– liano, estou c~rta que as nossas discipulas tambem a soccor– Feriam cotizando-se, porque não são somente ·as péssoas gran– des ou e-xtrangeiras que praticam o bem>>, ·