PORTO, Arthur. Escola brasileira: (ideias e processos de ensino). Pará: Clássica, 1923. 312 p.

J :1111111111111111111111111111111111111111111111111111n111111111111111111111111111111111111111111: ~1 METHODOLOGIA PRATICADA NO CURSO PRIMARIO ~(~ 129 S.11IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIINIIIIIIIIINllllllllllllllllll~.IIIIIIIIIII= ciaremos as lições pela physiologia dos mesmos, descrevendo cada um dos orgãos que os compõem e suas funcções diver– sas e utilidades; passaremos depois a classifical-os, reunindo– os em familias, ramos, grupos, especies, segundo os seus ca– racteres differenciaes, e poderemos, assim, estudar as clas– sificações mais seguidas, dando explicações sobr,e a impor- tancia dos .estudos botanicos. . Devemos -encaminha.r as pale~tras, chamando a atten– ção das crianças para a, vida do naturalista, essa fonte de saber e de trabalho paciente, que passa quasi toda a sua existencia per.scrutando os segredos da natureza, atravez da forma de todos os seres. · Faremos umas visitas aos museus e hortos botanicos, mostrando_~ sua utilidade e distinguindo todos os entes que Já se encontram, desde o mais pequenino espécime de animal, planta ou mineral até o que· mais nos .prenda a attenção, já pelo seu· porte magestoso como os leões, já pela sua seme– lhança com o ser humano como o macaco, ou pela belleza de sua plumagem com<;:> o pavão. Falaremos do trabalho, e .cuiçlados que · taes institutos dão ao·s seus directores, numa preoccupação continua, .empregando a sua actividade, ora na ·conservação de todas as plantas ou animaes, oriundos, muitas vezes, de longínquos paizes, de clima differente, sem .os meios de nutrição que se tornam difficeis a muitos delles ora procurando corresponder-se com outros museus scientifi– cos. Taes visitas vivificarão os novos estudos sobre a materia. Pasi;aremos em seguida, nessas palestras, para um ou– tro assumpto que tambem deliciará os nossos ouvintes: a ,vida nos seringaes, nas fazendas, nas roças, pois é natural ,que tenham conhecimento dessa outra maneira de viver, se bem que mais trabalhosa, porém, mais fortificante, mais sa– ,lutar, fóra do bulício das cidades. Para isso deveremos des– .crever-lhes .um seringa!, uma fazenda, emfim, o sertão em toda a sua rudeza ,ou exuberancia, para que se desenhe na .sua :imaginação .o que com os olhos não lhes é permittido ver. De certo, ficarão attentos, em ouvindo falar do barra– cão principal, das barracas dos seringueiros, da sua vida de fadigas, sujeito a um senhor (o patrão), andando, desde o amanhecer até o anoitecer, pelas estradas abertas na · matta, parando, ora aqui, ora àcolá a fazer a incisão na arvore para extrahir o a1J)bicionado thesouro, o precioso latex; diremo_s mais que não é só o trabalho que os maltrata; têm ainda de lutar com as condições antihygienicas dessas regiões. Explicaremos ainda mais o preparo da borracha, as suas diversas especies, os processos da defumação etc. Mu-

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