PORTO, Arthur. Escola brasileira: (ideias e processos de ensino). Pará: Clássica, 1923. 312 p.
\ - , ' ' 14 .. ="'"'''"'""'''""'';"""'"""'''''""'"''"'"''""''M"'"'"'""'''""""""' . ~;~ . A·-PAIXÃO E A FINALIDhDE DO ENSrNO ~~ :'111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111! escola nova de educação nacional pelos prograrnmas supe– ri ores de Edmundo Demolins; se não podemos, por falta de recursos pecuniarios, crear uma escola-officina; se não pos– suímos perfeito jardim de infancia; se não temos um insti– tuto de ensino pratico, preparatorio de vocações industriaes e technicas, capaz de preparar melhor a mocidade, para a vida, como sabem fazer hoje as escolas dos Estados Unidos norte-americanos, para não falar · em outros paizes; consola– nos a idéa de que, ao menos, fizemos uma escola racional , fundada na verdade é na sciencia, cercada de affectos, fize– mol-a fecundada pelo ensino cívico e pela educação moral e esthetica, na qual se ama tudo que é bello e nobre e se forma o verdadeiro caracter. Bem sei que isto é muito pou– co ainda para um . paiz tão vasto e inexplorado, sempre á; espera de novas . e mais efficientes iniciativas que o nosso– modesto instituto não póde• desenvolver, a despeito desse espírito que o anima; mas, ainda assim, o nosso esforço é digno de registo e de respeito. Antes de ler o bello livro de Omer Buyse sobre os •Methodos Americanos», já sabiamos– incutir em .i1ossos discípulos o germen da vontade, dar-lhes, o gosto da acção perseverante, apressar-lhes a passagem do estado de dependencia para o espírito de independencia, emfim, preparai-os para se supprirem a si mesmos, a só contarem comsigo, exaltando o prazer no esforço e a ale– gria na luta contra as difficuldades, tanto quanto possível. Accresce que fundar um instituto de educação num meio social tão predominante pelo commercio, onde outros já tinham sossobrado, não obstante a competencia e o ar-i rojo de homens como José Veríssimo, é uma destas empre– zas tão arduas como as que mais o sejam. Attrahir alum– nos para lhes educar o espírito, a par do caracter e da cultura physica, rebatendo a maldade. dos despeitados ou rotineiros que por ventura nos hostilizem . e, ás vezes, lu– tando para convencer os proprios responsaveis, cujas idéas erroneas embaraçam o nosso trabalho; proseguir no cami– nho, atravez de reformas desorganizadoras- de bases prees– tabelecidas, como essas a que ligaram seus nomes os minis– tros Rivadavia e Maximiliano; resistir á pessima influen-cia de leis absurdas; fazer os maiores sacrificios para que não baqueie um collegio de tradições honrosas por serviços pres– tados á causa do ensino, diante da assombrosa crise econo– mica que nos assalta; finalmente, lutar para nunca perder de vista o ideal de perfectibilidade que é a suprema virtude procurada para os nossos alumnos, futuros servidores da, Patria, desprezando o interesse mercantil de os acceitar par:a preparai-os somente para passàrem exames; tudo isso re- .. .. •
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