PORTO, Arthur. Escola brasileira: (ideias e processos de ensino). Pará: Clássica, 1923. 312 p.
r :1111111111111111111111n1111111111111111111111111111u111111111111111111111111111111111111111111: ~i METHODQLOGIA PRATICADA NO CURSO PRIMARIQ ~* 127 S,1111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111.S que façamos aqui uma generalização sobre a fauna, flora ·e sólo do Brasil, sob o ponto de vista economico, para depois especializar o estudo e restringil-o ao meio amazonico. Devemos para isso comparar a fauna, flora e sólo do Brasil com os da Europa e mostrai- aos nossos discipulos· o que temos e aquelle continente não tem, bem como o que possuimos de superior. Assim, no · reino animal, indicaremos os quadrupedes mais interessantes e cuja pelle, lã ou crina é aproveitada e empregada por differentes indu~triaes; as, aves, cuja plumagem, como a das garças, tem o seu _valor especifico; os peixes, as tartarugas, etc., que .contribuem para o abastecimento dos mercados, sem esquecer a utilidade da grude de certos peixes e do casco da tartaruga. Trataremos dos campos de criação de gados diversos, dos trabalhos da avicultura e apicultura e mostraremos o progresso em taes industrias criadoras. _ · No reino vegetal, começaremos pelas arvores de fru– ctos mais saborosos apreciados pelas crianças como as di– versas especies de bananeiras, laranjeiras, mangueiras, ma– moeiros e as do cajú, dos cocos e outras palmeiras, as do bacury, cacau, castanha, cqpuassú, genipapo, etc. para con– vencel-os da necessidade de cultival-as e sugerir-lhes o va- . lor do commercio de fructas e dos vinhos e licores, como os de cajú, genipapo, ananaz, tangerina, bacury, etc., dando-lhes, ao mesmo tempo, noções de pomicultura. Dahi passaremos á horticultura, cujo producto tambem são igualmente seus co– nhecidos, e bem assim á jardinagem, falando-lhes das espe– cies mais importantes, e finalmente para as nossas chamadas roças ou cultura dos cereaes, da mandioca e batatas, alem da canoa de assucar, do café, do tabaco, algodão, etc. Quanto á cultura extractiva, faremos um estudo sobre as nossas mattas para salientar a industria da borracha, dos oleos vegetaes, resinas e fibras. Então, sempre partindo do conhecido para o desconhecido, teremos· de encarecer a ne– cessidade e importancia da agricultura de que depende a prosperidade de nossa Patria; mostraremos a fertilidade in– comparavel de nossas terras, induzindo os nossos discípulos a estl).dal-as, em su_as 'diversas especialidades ou capacidades, como ás aluminosas ou imprestaveis á cultura, as argilosas ou barrentas, aptas para as industrias ceramicas;· as calca– reas, proprias para cereaes, legumes e arvores; as margo– sas para certas culturas, as arenosas para os cajueiros, me– lll;ncias, aboboras e, assim por diante, as cretaceas e f.erru- gmosas. . . · Conhecidas. as diff~rentes propriedades das terras, en– sinaremos o meio de melhorai-as p_elo aman?º- intelligente,
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