PORTO, Arthur. Escola brasileira: (ideias e processos de ensino). Pará: Clássica, 1923. 312 p.

r :111111111111111111111111111111111111111111111111111111111n111111111111111111111111111111111111a: ~i METH000L0GIA PRATICADA ,N0 CURSO PRIMARI0 ~(~ fl7 S.111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111115 Os sons ·pro·vocados ou artifiâaes: O troar do canhão, o tiro de espingarda, o ruido dos sinos, das campainhas e doutros rnetaes, da madeira e do vidro. • Conversará sobre os sons sabidos da natureza e, ensi– nando a distinguir o sibilar do vento, o sussurro das mattas, o murmurio das aguas saltando nas cachoeiras e cascatas onde se despenham com enorme fragor e o ribombar do tro– vão, poderá fazer perguntas como estas :-0 ruido do ven– to é igual ao do trovão ?-O sussurro das mattas asseme– lha-se ao ruido das aguas rolando em cascatas e cachoeiras? Ao tratar das armas de fogo, dando para exemplo o tiro do canhão e o da espingarda, cuja intensidade é bem differente, dirá que o primeiro é mais forte, pode ser ouvi– do muitos kilom~tros alem, ao passo que o ultimo só pode ser percebido a pouca distancia. E assim proseguirá á lição procurando despertar, com outros exemplos, o interesse dos alumnos pela mesma, sem esquecer de differençar os ruídos sonóros, corno o do. sino, os seccos como o da quéda de um livro, os retumbantes, os estridentes, etc. _ As vozes dos animaes ,- a voz humana: Aqui, a pro– fessora, fal-os-á por si mesmos differençar o balir da ove– lha do mugir da vacca, o zurrar do burro do guinchar do macaco, levando-os, igualmente, a .comparar o ·canto mavi– oso do rouxinol ou do sabiá com a voz estridente da cigarra e, mostrando-lhes, por outro lado, a grande differença entre essas vozes e a humana. Dir-lhes-á, então, que esta é mais suave, mais sonóra que aquellas, principalmente a de nossa mãe, tão cheia de amor, de suavidade e de meiguice, quando nos embala ou aconselha'. · O canto musical pela voz: sons de instrumentos de musica: Nesta parte, occupar-se-á da influencia que exerce errí nossa alma o canto musical, do prazer que se apodera de nós ao ouvirmos as notas melodiosas desferidas pelos bons cantores, fazendo-lhes sentir, assim, a belléza da voz huma– na musicada. Tratará ainda dos sons diversos produzidos pelos instrumentos, quer os de sopro, quer os de corda, enu- merando os mais conhecidos. · , O que seria de nós se fossemos surdos: Mostrará, nes– ta lição, a importancia deste sentido, ora nos .permittindo ou– vir as explicações do me tre, as vozes dos varios collegas; ora prodigalizando-nos a satisfação de ouvir um bell) elabo– rado discurso, um sermão cheio de ensinamentos, a voz de nossa mãe, de nossos amigos, os cantos dos passaros e o.s diversos ruídos, muitos dos quaes nos advertem de perigos. Referir-se-á á infelicidade dos surdos que não _podem como nós aprender com facilidade, senão por meios de gestos al-

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