PORTO, Arthur. Escola brasileira: (ideias e processos de ensino). Pará: Clássica, 1923. 312 p.
:11111111111111111111111111111111;;111111111111111111111111111111111111111111111,1111111111_111111: 1 ·1 O ~)~ METHQDOLOGIA PRATICADA NO CURSO PRIMARIO K~ 5.11111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111: Li~ões de eousa~ (Doutrina) Tendo em outro capitulo falado do merecimento e do plano seguido nesta disciplina, pensamos que é de bom pro– veito registar aqui o esforço das nossas professoras em pro– cura da melhor orientação nesse ensino, mostrando em se– guida com,o costumam dar essas lições. , A do 1. 0 anno infantil assim se manifestou pela «Folha Escolar)): , « As lições 'de cousas são para a primeira idade um ex– ercício de linguagem e de intelligencia; para todas as outra5, uma aprendizagem de reflexão e de observação. Alem dis– so, ellas são tambem um exercicio dos sentidos, O ensino das cousas é sempre opportuno. · Quando ensinamos a leitura, a recitação, fornecemos esclarecimentos sobre um facto, sobre uma pessoa ou ani- · maes, portanto fazemos incidentemente uma lição sobre o entendimento· das cbusas. Um passeio ao campo, á cidade ou mesmo pelo pateo dos recreios, uma visita a uma fabrica, por exemplo, dão ensejo ao ensino desta referida disciplina, tão vantajosa para o espirito infantil. . Para. obtermos bons resultados no ensinamento das cou– sas é necessario, em primeiro lugar, cultivar os sentidos das crianças, pois é dellas que advem o conhecimento do mundo· material. Mas, nesse trabalho, o professor precisa tambem ser auxiliado pelos paes, e assim, tanto em casa como na escola, serão adestrados os sentidos. Mas o professor deve offerecer sempre pretexto ás crianças p·ara verem com interesse, examinarem, apalparem, descobrirem phenomenos, etfeitos e causas, adquirindo as no– ções de que precisam. O ensino das lições de cousas depende de uma prepa– ração séria e é preciso que o professor não se fie na inspi– ração do momento, fazendo perguntas ao acaso. Porquanto, uma lição improvisada não terá para as crianças o mesmo encanto que uma outra preparada e explicada de uma for~ ma tambem estudada. Estas lições são sempre agradaveis ás crianças, mas por isso não devemos abusar, prolongando-as demais. Rousselot aconselha ao mestre que ponha o objecto sob as vistas dos alumnos, todas as vezes que for possivel, seja por uma representação effectiva, seja por uma imagem ou mesmo um desenho traçado no quadro negro.
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