AZEVEDO, J. Lúcio de. Épocas de Portugal económico: esboços de história. 2. ed. Lisboa, Portugal: Livraria Clássica, 1947. 478 p.

96 :BPOCAS . DE PORTUGAL ECONóMICO Ainda em 151 o encontramos um genovês, residente na Madeira, interessado, de parceria com outros, na armação das quatro naus de Diogo Mendes de Vascon– celos, enviado a Malaca para assentar relações de comércio (1). Cessou a prática, não porém a de incorporar nas frotas navios afretados para a ocasião, que muito adiante, no reinado de D. João III permanecia em uso, como atesta Barros (2). Outras vezes compravam-se os barcos, como a nau Santa Marta e a caravela S. Salvador, em 1 508, paq a armada de Jorge de Aguiar, perten– centes a uma parceria representada por João Francisco dagli Affaitati. Mais tarde foi costume adquirir as embarcações de maior porte, que vinham de Dantzig em primeira via– gem, com os carregamentos de trigo e madeira de cons– trução. Em 1 5 5 1 entabolou o conde da Castanheira, - vedor da Fazenda, negociações para a- casa Fugger for– necer, por anos seguidos, tantas naus construídas de novo, aparelhadas e apetrechadas, quantas fossem necessárias para a navegação das conquistas. E, para estimular ao contrato lhe ofereceu interesse no proveitoso negócio da especiaria, monopólio do Estado. Por consideráveis que parecessem as vantagens ao agente em Lisboa, a sede em Augusta não se deixou tentar. O capital a investir era importante, o reembolso incerto, e a firma, que a custo arrecadava contas anfigas do governo .português, e tinha em Espanha avultadas somas· em risco, não quis por este modo aumentar as suas responsabilidades na Península. (1) Doe. publicado por Sousa Viterbo no Institu to, t. 55.º, P· 543· (2) Déc. 1."', liv. 4.º, cap. 10.º . .. «o qual mado de trazer a espe– ciaria a frete ainda hoje se usa>J.

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