AZEVEDO, J. Lúcio de. Épocas de Portugal económico: esboços de história. 2. ed. Lisboa, Portugal: Livraria Clássica, 1947. 478 p.

JORNADA DE AFRICA 77 três séculos ele tinha sido, com a sua crueza e violências ,. elemento indispensável da colonização. Exterminados os. .r:iativos ter-se-ia repovoado de outro modo, igualm~nte, eficaz, . a· América? Os ingleses, tão escrupulost s no século XIX, não tinham antes hesitado em vender nas. colónias os brancos seus compatriotas. Sem termos feito. tanto, .é certo que só pelo desumano expediente da escra– vatura, do africano após o indígena·, ,pudemos criar o Brasil. • IV Aos primeiros descóbrimentos iam os navegadores ,, uns levados pelo génio aventureiro, porfiando a quem. venceria a maior distância e a maior dificuldade, somente: pela glória do feito, co~o agora os a~ e: ; outros que. buscavam os ganhos sohdos çlo come1po. Estes designa– vam as terra~ pelo nome de seus produtos ma-is visíveis: . Costa dos escravos, Costa do oiro, do marfim, da mala– gueta, que ainda ~oje os mapas_ inscrev ....em. Assim como, não duvidou a cobiça de tr~ar 'a· mvocaçao do lenho santo,. l que salvou os homens, pela do que produzia a tinta esti– n'lada: Vera Cruz par Brasil. A malagueta, que vinha fazer concorrência à pimenta.. ,. indiana, monopólio de Veneza e Génova, foi reservada:. para comércio :,xclusivo da coro~. I_)o valor deste não temos informaçao guanto aos pnme1ros tempos. Como, a: respeito dos escrnvos, precisamos de n~s ater às notÍcias do reinado de D. Manuel. Consta do relatório de um emissário de Veneza, vindo a Lisboa , quando a impor-- • .. .

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