AZEVEDO, J. Lúcio de. Épocas de Portugal económico: esboços de história. 2. ed. Lisboa, Portugal: Livraria Clássica, 1947. 478 p.
JORNADA DE AFRICA 61 \ estavam quedas» -, conta Zurara (1). Cunharam-se as r peças de 1 o reais , chamadas depois reais brancos, a que dava a liga de estanho uma falsa apa·rência de prata. Símbolo já do engano a que corria a nação. Passados dois anos, tinham eles ca·Ído de maneira que ·por lei foi determinado valerem somente a quinta parte, na solução dos compromissos anteriores à cunhagem (2). Como sempre em ocasiões semelhantes, a circulação em acréscimo dava momentâneo impulso ao comércio, levan– tava os salários e proporcionava lucros à produção inten– siva. Na empresa, quase incruenta para os nossos, o despojo re~omp:nsou com l_a~gue:a os menores soldados. A fidalgma, alem da part1e1paçao no __ saque, couberam as mercês régias, umas logo concedidas, em seguida à vitória, outras de que tencionava:m os pretendentes invo– car O direito mais tarde. Primeiros graciados os Infantes D. Pedro e D. Henrique, com a dignidade ducal, que importava em pensões; ao último, pelo serviço de orga– nizar a frota: do Porto, o senhorio da Covilhã. Só D. Duarte, não teve prémjo especial, porque, sendo herdeiro da coroa, já nessa qualidade tinha virtualmente tantas terras quantas lhe aprouvesse cobiçar (3). Convém. ler em Zura·ra a descrição ingénua do ·sen– timento que animava a turba conquistadora. Ainda a ·bordo, os que não foram da primeira investida temiam chegar ~trasados para ~ d spojo. .Isto a ribui ele ~ g-nt --ixa, dõ põv , m:1 h ã ffiõ t'iV d ê .mpõ1· est:ív sséffl (1) ê:ãp. j õ . 0, , • .. (2) 30 ·de Agosto d 1417- Te1xe:tru de Aragao, Deserlçíio geral e histórica das moedas, I .º, 360. Z o o (3) urara, cap. 101. e 102 . .
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