AZEVEDO, J. Lúcio de. Épocas de Portugal económico: esboços de história. 2. ed. Lisboa, Portugal: Livraria Clássica, 1947. 478 p.

58 :f POCAS DE PORTUGAL ECONóMICO gado, facilitava-lhe as liberalidades. - «Por quanto anda em nosso desserviço com D. João, que se chama rei de Castela» : nestes termos se decretava a espoliação · do adversário. A posse dependia de quando ele fosse expulso, porque o doador - «prometia ofícios e terras e coisas das que tinha• esperança de cobrar adiante» (1). Como agora, em discórdias menos bravias, se prometem em– pregos. Com tal reclamo não .admira que as hostes do Mestre engrossassem depressa. No lance manifesta-se, como na crise de r 580, a sepa·ração fundamental das duas castas: a dos conquistadores, hóspedes na terra, que prezavam o laço feudal mais que os destinos dela; a do indígena plebeu, vinculado ao solo da pátria, pela origem, e em que a memória dos trabalhos e sacrifícios comuris, por adquirir uns palmos de terra, e a liberdade pessoal, em porfia de séculos, fizera desabrochar o sen– timento da nacionalidade. Fernão Lopes enumera 54 cas– telos, de que os alcaidr5 se declararam pelo soberano e~trangeirn, além de outrn~ ,-uja conta não faz . E diz-nos tnai que, s os ri o p od rasos, aL:iides os ou tros fidalgos, optavam po!' a• tela, as povtJs em wcla a part - rnrtt pgr =- Jo"' I 2 ) , D rivou dãf dtju idret ô f f da nobrnza muit;0s das dasses inforion:s, os quais , em rcmuner-açâô de serviçtJs, ô fundador da din, tia n vª elêvou. à e~1,-vãl@ifõs 1 @ iflv@stiu @m pGs tos @ honras com que ingressavam na fidalguia. Os descendentes desses, já no tempo de Fernão Lopes eram tidos em grande conta, per nomes e linhagens que tinham adoptado, e se tratavam por Dom . Posto que - «filhos de h 11.1. ns (1) F. Lopes, cap. 50. (2) Id ., Gaf! , 6R 0,

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