AZEVEDO, J. Lúcio de. Épocas de Portugal económico: esboços de história. 2. ed. Lisboa, Portugal: Livraria Clássica, 1947. 478 p.
NO SIGNO DE METHUEN 441 par 67 1/i (1). Nesse ano tornavam ao país em paga– mentos as ·peças de oiro de D. João V, enviadas de Londres. VI O tratado de Methuen tinh,l' pelo seu contexto de ser eterno, se tal aprouvesse à nação britânica. Em I 803 cumpriam-se os cem anos da sua existência, sem indícios l O b de querer o árbitro dela pôr-lhe fim. Nesse ano expor- 1/ ,tava Portugal para as colónias e ilhas adjacentes quase .sete milhões de cruzados de produtos das suas manufac– .turas. Em I 798 o total excedera dez milhões, no ano .seguinte catorze milhões de cruzados, o que, para um estrangeiro, entendido em matérias económicas, que visi– tou o país, era indício de se acharem as indústrias em estado florescente (2). De maior intensidade foi o tráfico em I 796, passando as exportações de 7.500 contos, de que mais de nove décimos pertencera?1 ao Brasil. Produ– tos de fabricação nacional 1. 7 5 3 contos, sendo de tecidos 1. 3 oo. E da classe das lãs, 2 58 contos de panos nacio– nais a par de 300 contos dos estrangeiros (3). Sem aceitarmos por indiscutível o optimismo refe– rido, po~que na realidade nunca as indústrias em Portu– gal floresceram, certo é que a das ·1ãs, apta a concorrer em proporção pouco menos que de igualdade com a .estrangeira, passados cem anos de competência, não esta– ria agonizante. Nem segundo toda a probabilidade se (1) Idem, p. 290. (2) Balbi, Essai statistique dt11 royaume de Portugal, mapa a p. 445 do t. r. 0 • As infonnações do autor são colhidas em documentos oficiais. (3) Ibid.
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0