AZEVEDO, J. Lúcio de. Épocas de Portugal económico: esboços de história. 2. ed. Lisboa, Portugal: Livraria Clássica, 1947. 478 p.

NO SIGNO DE METHUEN desde as mãos dos pastores, ou donos dos rebanhos; que as tosquias se executavam sobre o solo molhado, para– aumentar o peso à lã; e dentro dos velas, os vendedores r metiam pedras com o mesmo fim (1). Procedimentos desta qualidade tinham contribuído, para arruinar a indústria em Espanha, onde, já no tempo• de Carlos V, achando-se ela ainda florescente , as cortes. denunciavam os enganos das fábricas, e pediam contra. eles providências apertadas (2). Cerca de 1679, algumas centenas de obreiros da. especialidade emigraram de Sevilha e outras terras para· Portugal, onde fàcilmente encontraram ocupação (3). Patenteia-nos isto achar-se a indústria: de certo modo em. condições prósperas, e a desenvolver-se mais, porventura, em razão do 'impulso do Estado. Na província ,da Beira, região de cristãos novos, estes sobrepujavam em número, 05 cristãos velhos, na fabricação e no comércio dos panos. Igualmente nas falsidades, imputa-lhes uma representa– ção dirigida a Pombal, acerca do estado e necessidades; da indústria, e de onde é de crer derivou o regimento, decretado no ano seguinte. D as falsidades e roubos desses. cristãos novos. resultou perderem o crédito as fazendas. nacionais com utilidade dos estrangeiros, alega o autor,. fabricante, falando pela classe (4). Este mesmo escrito expõe o atraso nos métodos em– pregados; aponta a conveniência de se substituírem as. prensas em uso por outras aperfeiçoadas, e a urgente: (1) Alvará de 11 de Agosto de 1759. Sistema ou colecrão dr. rcf!,i- mentos reais, t. 2.º. (2) Colmeiro, t. 2.º, p. 187. (3) Idem, 2 09. ('1) ·col. pombalina, cód. 228.

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