AZEVEDO, J. Lúcio de. Épocas de Portugal económico: esboços de história. 2. ed. Lisboa, Portugal: Livraria Clássica, 1947. 478 p.

A MONARQUIA AGRARIA 41 grat; de porção das vitualhas consumidas provinhi de colectas e prestações diversas. De gado vacum, em treze anos, de I 257 a I 270, I. I 68 cabeças das manadas do rei, 677 de tributos e requisições (1); 2.425 porcos e 2.738; 3.661 carneiros e 6.973, respectivamente de uma e outra procedência. Também 40 dúzias e mais . sete pescadas secas, 26 dúzias e 5 congros seco;, 1 .656 lampreias secas, 2 .6 58 postas de baleia: (2), tudo io-ual- - b mente recebido em solução de encargos fisrnis. Já se vê que a manutenção da casa real, com o séquito numeroso de fidalgos, escudeiros e serviçais infe– riores importava em grossas somas. No período a ,que se referem as contas acima, a1ém das carnes e·pescados, do pão e do vinho, não incluídos no resumo, ·que viriam dos régios celeiros para repartição diversa da ucharia, 1 o mil •libras cada ano em dinheiro para o que podemos chamar despesas miúdas, cerca de· I. 1 oo contos. Quando sé deu casa a D. Dinis, foram-lhe arbitradas para gastos 40 mil libras por ano, quatro mil e tantos contos. O luxo bárbaro daqueles tempos era o da mesa- e da numerosa criadagem; e nele se con~umiam somas, de que pela com– paração nos surpreendemos agora. A quanto montariam os réditos e despesas de um rei de Portugal nos três primeiros séculos? :É duvidoso que eles e seus ma,is avisadqs conselheiros o soubessem com aproximada exactidão. A arte das contas só mais tarde ministrou conhecimentos na espécie. Monarcas, . senhores, mosteiros, donos de grande fazenda; merca- (1) cc ... de ganatis de serviciis et collectis». Quitação régia aos uchões Nicolau Sarasa e Miguel Fernandes. Dissert. Cronol., 3.º. Parte 2.ª, 86. · (2) «... talios de balena». lbicl.

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