AZEVEDO, J. Lúcio de. Épocas de Portugal económico: esboços de história. 2. ed. Lisboa, Portugal: Livraria Clássica, 1947. 478 p.

392 f POCAS DE PORTUGAL ECONóMICO para as quais seguiram as ordens (1). Com isto cessaram as dilações, entrando o convénio em vigor. Em 1 66 I, pelo casamento da infanta, filha de D. joão IV, com o rei Carlos 11, tudo aquilo que impu– sera a dura diplomacia de Cromwell se confirmou no tratado novo, agregando-se outras cláusulas, que aper~– vam por blaridícias a dependência estabelecida pela força cinco anos atrás. O esposo régio obrigava-se a trazer no coração, formais palavras, as coisas e conveniências de Portugal, cujos domínios defenderia com todas as forças de terra e mar, como a própria Inglaterra (2). Aceitava no dote a ilha de Bombaim, para mais fàcilmente defen– der no Oriente, contra a Holanda, os . interesses portu– gueses. E, no caso de vir à posse britânica a ilha de Ceilão, o porto de Columbo seria devolvido a Portugal. É sabido que o vice-rei da fndia, António de Melo e Castro, espantado da dádiva, de que assinalou à corte o perigo para os restantes domínios, protelou até I 665 a entrega de Bombaim. Cedeu ante ordens corriinatórias, e sem que o tardio protesto de qualquer forma abalasse o influxo do aliado, que a intervenção para as pazes com a Espanha e Províncias Unidas definitivamente con– solidara . Entretanto as relações comerciais tornavam-se mais intensas com o estado de paz. Muitos ingleses vinham a .Portugal tentar fortuna. O último tratado facultava-lhes a residência nos portos da índia sem limitàç~o, e nos de Pernambuco , Bahía e Rio de Janeiro em número de quàtro (1) Cartas de Crõmuie/l~ publicadas por Carlyle. Ca1:3 4e 6 _J_e Maio d~ r655 para os gener;m Blake e Montague, onde vem espec1f.i.- çadas as circunst~ncias. · (2) T ratado de 23 de Junho de i66r, art. 15.º.

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0