AZEVEDO, J. Lúcio de. Épocas de Portugal económico: esboços de história. 2. ed. Lisboa, Portugal: Livraria Clássica, 1947. 478 p.
NO SIGNO DE METHUEN 387 \ nas suas ofertas, guardava o reino e cedia o Brasil à França:. Antes ·porém de se encontrar na:s extremidades que tais projectos inculcam, tentou o novo dinasta grangear por acordos diplomáticos as -boas graças das potências, ,que o poderiam ajudar na defesa contrà Espanha. O so– corro de França, em guerra com Filipe IV era seguro. •Os ajustes limitaram-se a um tratado de aliança. Mas enquanto Portugal se obrigava a não fazer a paz sem consentimento da França e seus confederados, do lado francês havia ·o direito, que não deixou de ser utilizado, de a tratar separadamente; só com o compromisso de lhe reconhecer Espanha a faculdade de assistir a Portugal nas suas justas pretensões, compromisso que também se exigiria dos outros aliados. Cláusula introduzida, dizia Richelieu, para contentar a imaginação dos portugue– ses (1), e que não importava em obrigação definida. Com a Holanda, de onde era lícito esperar o mais decidido auxílio, o acordo foi um ludíbrio. Pactuou-se a .suspensão de hostilidades por dez anos, com o nome de trég'uas, co11:o se Portugal r~almente fosse a nação ~eli– gerante, e na_o Espanha, de que dependia. Assentaram-sé prazos par~ se pubJicar o tratado nos domínios de al~m– .-mar, continuando as operações de guerra com seus efeitos .até à épnca da publicação. Aproveitaram-se do artigo os Holandeses para juntarem novas conquistas aos territó– rios ocupados no Brasil, e se apossarem de Luanda e da: ilha de S. Tomé, em seguida à negociação, assim (1) Recuei! des instructions données aux ambassadeurs et ministres de France, Portugal. lntrod. pelo visconde de Caix de Saint-Aymour, P· 3°·
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