AZEVEDO, J. Lúcio de. Épocas de Portugal económico: esboços de história. 2. ed. Lisboa, Portugal: Livraria Clássica, 1947. 478 p.
I Ao Duque de Bragança, rei feito pela revolução da nobreza, que, desgostosa da experiênci~ castelhana, se reintegrava na tradição nacional, nenhum sacrifício era sobejo para se manter no posto. Na verdade, antes de aceitá-lo hesitou. Quando não por outro motivo, e porque lhe perigassem na a-ventura a liberdade e a vida, no receio de perder o Ratr~mó:1io imenso, acumulado em três sé– culos, por cap1tahzaçao de rendas e dádivas novas, sobre a :herança soberba do Condestável (1). Colateral esbulhado, :e por surpresa· investido na sucessão magnífica, n~o lhe repugnava entrar em acordos, ceder parte da prenda ines– perada, para em paz desfrutar o remanesC(mte, acompa~ . nhado da segurança pessoal, que sobretudo prezava. ~ --- (1) Ainda dóis ~nos antes da revolução obtivera o futuro r~i lhe prorrogassem por mais vinte anos a isenção de direitos de 300 qumtais •pe especiaria, '!_ue, para negócio, a casa ducal, importava _cad~ an~ _da tndia. A merce datava do tempo de D . Sebastião. O primeiro F1hpe ·~ . conservou à duquesa infanta, compensação mínima da renúncia à ~oroa; e de vinte em vinte anos, através do domínio castelhano, se -renovou até vésperas da Restauração. (Alv. de 20 de M aio de 1602, e 8 de Maio de 1638, H ist. Geneal., t . 4.º, P· 532 e 530) .
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