AZEVEDO, J. Lúcio de. Épocas de Portugal económico: esboços de história. 2. ed. Lisboa, Portugal: Livraria Clássica, 1947. 478 p.

,I IDADE DE OIRO E DIAMANTES 381 recomendava à filha, entre assuntos de ordem política, o pagamento de somas que devia. Parece que entre as dívidas, grande parte era de salários a criados e fornece– dores (1). Houve assim de se por termo aos desperdícios. As riquezas do Brasil, tendo pago os de D. João V, não bastaram para aos do seu sucessor. .f certo que os tempos diferiam. O terramoto, a guerra na Europa e os conflitos com Espanha na América, exigiram despesas de vulto. A despeito de seus méritos, e não foi o menor deles o ter introduzido ordem nas contas públicas , pela criação do Erário Régio em I 762, Pombal não foi feliz na sua admi– nistração financeira. Suas experiências de fomento eco– nómico não foram sempre bem. sucedidas. Cresceu a dívida pública•, em padrões de juros. E, ao deixar a outros a administração do Estado, acharam-se estes em face de uma situação de aeuro, de que injustamente se lhes impu– tou a responsabilidade. Mal por mal antes Pombal, mur– murava o vulgo, pode ser que a pensar nos 78 milhões em caixa desvanecido . . (1) Despachos de Lebzeltern, 10 de Dezembro de 1776, 25 .le Fevereiro de 1777. Duhr, p. 47. Smith, Mem oirs of the lvfarqms uf Pombal, 2.º, 300, declara apócrifo o documento publicado. N ada há que justifique a asserção.

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