AZEVEDO, J. Lúcio de. Épocas de Portugal económico: esboços de história. 2. ed. Lisboa, Portugal: Livraria Clássica, 1947. 478 p.
A MONARQUIA AGRARIA 39 Fe~nando mandou, com outras cem mil da Casa da Moeda, ao seu aliado Pedro de Aragão, somando tudo 4.000 marcos de oiro (1)? Das guerras e dissipações resultou esgotar-se o depósito e toda, a fazenda do Estado, arruinando-se, ao mesmo passo, nas alterações da moeda, os particulares. . D. Fernando foi o rei impecurie da dinastia. Não teve melhor fortuna, pelo lado financeiro, o Mestre de Avis. Tomando conta de um erário exausto, as dificul– dades da situação e as que ele também criou, não podiam reconstituir-lho. No testamento, em vez de enumerar dádivas, incumbe ao herdeiro as restituições: bens arreba.... tados por ocasião das guerras aos legítimos donos; em– préstimos não solvidos. Recomendações semelhantes r_epe– tem-nas o.s s~cessores, que todos deixam dívidas. Nem se ~xclui o mais opulento da série dinástica, o que se inti– tuloti senhor da Etiópia•, Arábia, Pérsia e fndia. Os tem– pos eram outros, e a tradição régia de acumular tesouros perdera-se de vez. / • 'C • (1) Fernão Lopes, Cr6nica de D. Fernando, cap. 48. A resposta está dada na Introdução à mesma Crónica: «Oitocentas mil peças Je oiro, e quatrocentos mil marcos de prata, afora moedas e outras cousas de grande valon>. O valor total, andaria por 480 mil contos em ,moeda de hoje, calculado deste modo: · 800.000 peças de oiro a 50 por Marco (200.000 peças=4.ooo marcos) ....... ... ..................... .. 400.000 marcos de prata, equivalência em oiro....... . 16.000 marcos 40.000 )) 56.000 . )) a 229,5 grs.= 12.852.000 grs., que a Esc. 12$50 o gr. import31?, ~m Esc. 160:650.000$00. Mu1tiplicando por 3, diferençll do poder aqu 151 t1vo das metais preciosos, Esc. 48x :950.000$oo.
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