AZEVEDO, J. Lúcio de. Épocas de Portugal económico: esboços de história. 2. ed. Lisboa, Portugal: Livraria Clássica, 1947. 478 p.
IDADE DE OIRO E ·DIAMANTES 377 monarquia. De lá vinham o oiro e os diamantes; o pau– -brasil, monopólio do Estado; o tabaco, que já em 171 6 produzia o quinto das rendas do soberano; o açúcar e a courama; que nesse época concorriam para as receitas do Estado com mais de 200 contos. Soma a que acresciam os direitos de fazendas estrangeiras exportadas para a colónia. Para o Brasil iam os produtos do Portuo-al euro- º . peu, e das ilhas do Atlântico; os que se importavam da índia, e os escravos de que •Angola se sustentava. Da es– cravatura e do tráfego para_a Arriérica se mantinha a navegação, decaída no tocante às demais possessões, e sem defesa possível na Europa, contra a concorrência bri– tânica, e de 01:1-tras marinhas do Norte (1). Faltam ele- ·mentos de informa-ção relativos à época; mas os de 1 796, de procedência oficial, permitem-nos formar juízo seguro da matéria. Nesse ano, em 7. 58 2 contos, total da expor– tação para as col<Snias, tocaram ao Brasil 6.982 contos. De I 4.082 contos, valor da exportação para o .estran– geiro, 9.884 contos era·m produtos do Brasil, 3°-92 3 do reino e ilhas, e o restante da fndia (2). Também se criaram novas receitas a arrecadar na colónia: em I 7 56 o donativo que se dizia voluntário, como os antecedentes, de 7 milhões, para a reedificação de Lisboa, em seguida ao terramoto, a: pagar em trinta anuidades (3); em 1758 a venda de cargos públicos, que produziu muitas queixas, pela incompetência de muitos (1) Veja-se o Relatório sobre as causas da ruina do comércio por– tuguês, anónimo e se,m data, mas segundo toda a aparência de Sebastifo José de Carvalho,_do tempo em que foi ministro em Londres. Col. pombalina, cód. 6_87, a fs. 244. . (2) Cf. Balb1, r .°, 442 (3) Doe. da Bahía, n.º 2.709, na parte tocante a este governo.
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