AZEVEDO, J. Lúcio de. Épocas de Portugal económico: esboços de história. 2. ed. Lisboa, Portugal: Livraria Clássica, 1947. 478 p.

370 :ÉPOCAS DE PORTUGAL ECONóMICO de cruzados nos quarenta e quatro anos do reinado, quantia de vulto para o tempo, mas de nenhum modo de proporções fabulosas, como nos habituaram a imaginá-la os historiógrafos, fundados na, tradição. . Deste total podemos atribuir um terço, digamos 36 milhões, aos primeiros vinte anos, em que foi menos considerável o tributo dos quintos, e não tinham ainda aparecido os diamantes; e o resto , 7 r milhões, aos seguin– tes 24 anos. Assentemos em 3 milhões anuais, na época mais frutuosa. Nada nos sugere a probabilidade de quan– tias maiores. O outro documento do Visconde de Santarém (1) informa-nos serem as rendas do Estado, em I 7 r 6, na · importância de 3.882 contos, de que, abatidos os quin– tos do oiro, 345 .contos, ficam 3.537. Com a maior pro– dução do metal, e a vinda dos diamantes ao depois, é natural terem crescido as importa:çõees do estrangeiro. Elevemos ao dobro os direitos: 2.360 contos. A renda do tabaco passa de 560 contos para 2 milhões de cru– zados, em que estava no fim do reinado. Juntemos 3 mi,.. lhões do Brasil, e a soma ,não chega aos 16 milhões (2). Não podiam ir além as rendas da coroa nos anos de maior prosperidade. Quantos deles tinha o soberano de aplicar (1) Transcrito adiante no Apêndice. ( 2 ) Resumo: Receitas de 1716, deduzindo os quintos ...... ... .. .. .. . Aumento das alfândegas: Lisboa, Porto, consulado e portos secos. (A média de 17~-98 foi de 2.4~ contos. Cf. Balbi, 1. 0 , 504) ... .. ... ..... ..... .. ..... .. Aumento na renda do tabaco .. .. ... ... ..... ........ .. .. .. Rendas do Brasil .... ... ... .. ... ....... .. ... .. .. .. .. .. .. ... ... . 3.537 contos 1.180 240 l.200 )) )) )) 6. 157 contos

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0