AZEVEDO, J. Lúcio de. Épocas de Portugal económico: esboços de história. 2. ed. Lisboa, Portugal: Livraria Clássica, 1947. 478 p.
38 EPOCAS DE PORTUGAL ECONôMICO uma intestina, com o irmão ilegítimo, Afonso Sanches , desde que entrou a reinar. O testamento que dele se conhece (1), feito doze anos antes da sua morte, nenhum dado contém de onde se possa: avaliar o estado das finan– ças régias, tendo por objecto principal assegurar a cons- ·trução da capela, _mandada erigir na Sé de Lisboa, para a sepultura: do testador e da rainha, e a manutenção de um hospício anexo, para indigentes. Pedro o Cru divide a terça pelos filhos e alguns criados; mais largamente contemplada a Infanta D. Bri– tes, que teve de Inês de Castro, a quem toca·m r o·o mil libras. Somam as parcelas r 53.200 libr.as. O sobejo para os pobres. Não se fará injúria à tenção caridosa do monarca, crendo não excederia a deixa:r 6.800 libras, que faltam para r 60 mil. E se entendermos, o que se afigura plausível, que a terça mencionada seria a dos bens móveis disponíveis, especialmente numerário, o total ÍmPortaria em 480 mil libras. Menos que quantia igual no reinado de D. Dinis, porque agora as libras são de , 1 9 em marco, e assim fazem pouco mais de , 6 miI contos (2). Em cada um dos reinados, podemos considerar o existente em espécies metálicas, à morte do soberano, saldo positivo da gerência. Adrpinistraçãb próspe~a:., se bem acusem os testamentos o encargo das rest1tmçoes. O período em que vamos entrar é diferente. . Que conteria o tesouro, na torre do castefo, em Lis– boa•, d~ onde saíram r 00.000 peças de oiro, que O rei (1) Sousa, História genealógica, Provas, t. r.º, P· 2 ~\, d (2) A Esc. 21$54=Esc. 10:339.200$oo, e multtp 1can o por 3,5=Esc. 36:187.200$00.
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0