AZEVEDO, J. Lúcio de. Épocas de Portugal económico: esboços de história. 2. ed. Lisboa, Portugal: Livraria Clássica, 1947. 478 p.
IDADE DE OIRO E DIAMANTES 363- gastarem-se lá mesmo as receitas locais, ainda assim insµ– ficientes muitas vezes para a eficaz defesa do território , administração civil e eclesiástica, e pagamentos aos pen– sionados de várias categorias, nativos e importados da me– trópole. Dos produtos de embarque sàmente o pau-brasil era propriedade da coroa; mas não lhe vinha consignado; pertencia ao arrematante, por conta do qual corria a exportação. Agora a Fazenda Real tinha parte considerável na carga das frotas, de que o distrito das minas fornecia a mais valiosa parcela. · Todo o sertão do Brasil era afinal novo e verdadeiro El-Doraclo. Em I 73 2 tinham-se descoberto diamantes também na Bahía. Mas o vice-rei, Conde de Sabugosa, para evitar competência com os descobertos de Minas , mandou vedar as terras dez léguas em redor. Com tanta eficácia que o achado caiu no esquecimento, e só muito adiante no século XIX as jazidas vieram a ser explora– das (1). Oiro aparecia em lugares diversos: Mato Grosso , Goiaz, Bahía, Ceará, não falando já dos descobrimentos: mais antigos em S. . Paulo. Faltam documentos, pelos quais saibamos com certa aproximação as quantidades: _produzidas, e a renda para a ·coroa, como em Minas Ge– rais. Em Jácobina e Rio das Contas estabeleceram-se– casas de fundição, nas quais em 1740 se receberam de quintos respectivamente 3.831 í/2- e 24.793 í/2- oitavas, o que representa produção escassa (2). Avalia-se em 80. arrobas por ano a extracção em Goiaz, ·do descobrimento em 171 9 até 177 1; em I oo arrobas o de Mato Grosso, começando em 172 5. S. Paulo, Bahía e Ceará dariam (1) Calogeras, p. 284. (2) Id., 79·
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