AZEVEDO, J. Lúcio de. Épocas de Portugal económico: esboços de história. 2. ed. Lisboa, Portugal: Livraria Clássica, 1947. 478 p.
362 BPOCAS DE PORTUGAL ECONóMICO este a indústria, .qual foi a vantagem? Vimos já como, nos dois primeiros anos, a gerência se mostrou inferior ao encargo, nas despesas excessivas, que ·não soube evitar. Em vinte e nove anos de administração pela coroa, até 1 800, deduzidos os gastos locais , e tomando as pedras a 9$200 réis o quilat~, preço do último contrato, e o mais elevado até então, resulta o lucro da Fazenda Real em pouco mais de 64 contos por ano, inferior à metade no regime do arrendamento (1) . Ainda desta vez , por– tanto, os prospectos esplêndidos de riqueza se mostraram enganadores. X Durante mais de um século, desdo o descobrimento do oiro em Minas Gerais até se transferir a corte para o Brasil, regularmente a colónia ministrou fundos de modo directo ao erário régio, o que, antes dessa época, poucas vezes teria acontecido. Com efeito a regra fora sempre (1) Pela forma seguinte: Produção: 935.289 quilates a 9$200 ...... ...... .. .. .. Rs. 8.604:658$800 Despesas da extracção .. .. .. .. ... .. ..... .. .. ... .... ... ... . » 6.742:613$988 Diferença.. .. ... .. ...... Rs. 1.862:044$811. 1.862:044$812 - ---- = 64:208$441. 29 De onde havemos de deduzir a diferença relativa aos anos em que foi menor o preço, diminuição que compensaria a venda das pedras excedentes da quantidade do contrato, que pudessem valer mais. De modo que não estará muito longe da realidade o cálculo acima, pelos números do mapa cit. atrás. (Cf. Calogeras, t . 1. 0 , p. 323).
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