AZEVEDO, J. Lúcio de. Épocas de Portugal económico: esboços de história. 2. ed. Lisboa, Portugal: Livraria Clássica, 1947. 478 p.

IDADE DE OIRO E DIAMANTES 361 zenda Pública. O decénio depois destt denuncia já a deca– dência, decrescendo a extracção de 62 mil quilates .em 1784 para cerca de 27 mil cada ano, nos dois últimos do período. · Custo das pedras nesse tempa, um ano por outro 7$700 réis. Ainda· em 1794 a produção aumentou para 33 mil é tantos quilates, mas esse númeto nunca mais se alcan– çou, e a diminuição acentuou-se. Nos quatro anos de 1797 a 1800, a produção regula por I o a 12 mil em cada um. Para- se ter uma exacta noção do que davam as minas, seria preciso conhecer a quanto montava o contra– bando, impossível de reprimir, pelas próprias circuns– tâncias dos lugares. A mais apertada vigilância, as penas de confiscação e degredo, não logravam eliminar nem atemorizar ,os garimpeiros, - assim eram chamados os que se ocupavam na extracção clandestinamente. Mawe, viajante inglês, entendido em mineração, que no começo do ·século XIX andou pelo Brasil, avalia em dois milhões esterlinos a soma de diamantes subtraídos ao monopólio, e os considera superiores em qualidade aos de procedência legal (1). Ambos os assertos são de pura adivinhação.• Em que elementos podia fundar-se quem os fez? Nos trinta e dois anos que esteve em vigor o arren– damento de 1740 a 1771, o sistema davà à coroa, pela capitação, primeiro r 38 contos, 132 e 1 44 depois. Em todo esse tempo, as quantias entradas nos cofres do Estado somam Rs. 4.644: 172$588 (2). Assumida por (1) J. Mawe, Traoels in interior of Brasil, at. por Felício dos Santos, P· 57· (2) Calogeras, p. 312. •

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0