AZEVEDO, J. Lúcio de. Épocas de Portugal económico: esboços de história. 2. ed. Lisboa, Portugal: Livraria Clássica, 1947. 478 p.
360 f POCAS DE PORTUGAL ECONóMICO 3.5 mil quilates a 9$200 réis, elevada ao diante a quan– tidade a 50 mi,l quilates, e baixando o preço para 8$600 réis. No Brasil-continuava a cláusula tlos 600 trabalha:– dores, aumentada a capitação para 2 40 mil réis. Neste . , regime se permaneceu ate 1771. O último arrematante, desembargador João Fernan– des de Oliveira, que imitava a Caldeira Brant nas trans– gressões e no modo de viver ostentoso, foi destituído do contrato, mandado vir para a metrópole, e proíbido de tor~ nar ao Brasil. O Estado apossou-se-lhe das casas, ferra--– mentas e escravos, e empreendeu a mineração por sua conta, criando-se em Lisboa a Inspecção Geral dos Dia– mantes, anexa ao Erário, e nessa qualidade imediata– mente sujeita ao Presidente do mesmo, Marquês de Pombal. Pela- mudança, suprimiam-set os abusos· pratica– dos no sistema da arrematação: os escravos em quantidade exorbitante, a desordem nos trabalhos, as toler@.ncias e as coacções de que usavam no sítio privilegiado os contra– tadores. Tal era o objecto em vista (1). Cuidava-se principalmente, por este meio, acrescentar as receitas da coroa. Nos dois primeiros anos, a experiên– cia foi desastrosa. Por excesso de despesas, os diamantes extraídos saíram a 9$468 réis o quilate; o preço da venda, ém Lisboa, estava contratado por 8$600 réis (2). Nos · dez anos seguintes diminuíram as despesas para 6$400 réis, média do período, com manifesta vantagem da Fa- \ (1) Decreto de 12 de Julho de 1771. (2) Calculado o custo pelo mapa publicado no art-igo - M~neração, riquezas minerais - pelo dr. António Olinto dos Santos Pires, em Revista do A rquivo Público M ineiro, v~l. 8. 0 , e transcrito em Calo– geras, 1.º, 323. Da mesma origem são os números adiante. Os preços constam do mapa de Ca-logeras, 1. 0 , 307.
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