AZEVEDO, J. Lúcio de. Épocas de Portugal económico: esboços de história. 2. ed. Lisboa, Portugal: Livraria Clássica, 1947. 478 p.
36 .EPOCAS DE PORTUGAL !:CONóMICO maravedis, e mais 500 a cada · um dos filhos ilegÍtimos que se apresentassem a: reclamar a herança, sem nomear nenhum. Melhor aquinhoado dos legatários o PontÍfice,. a quem deixa 3 mil maravedis, colocando sob a protec– ção dele a execução do testamento. Era o meio de obter do sucessor o respeito por suas derradeiras vontades. Outro tanto fez sua mulher, p. Urraca, e fizera seu pai, desconfiados ambos dele próprio. E não fora de todo inútil, quanto ao último, a recomendação à Santa' Sé. No pleito movido pelas irmãs de Afonso II, para resti– tuição da nerança, de que este as tinha esbulhado,. Inocêncio II o condenou a: pagar-lhes, por indemnização de gastõs na guerra e judiciais, 1 50 mil maravedis. Em 2 oo mil consistira r parte dele na herança paterna, segundo o testamento. Se a sentença foi cumprida·, des– falq~e houve gr:1nde no tesouro régio. Sancho II foi monarca pobre. Quando testou, em data que não consta do documento, seguramente antes. de fugir ·para Castela, vazias de numerário estavam as. arcas. Os legados montam a 2 I mil maravedis, dos quais mil para ·o Pontífice; os 20 mil a repartir na forma costumada, por mosteiros, ordens militares, obras pias~ e uma pequena verba tle 2 oo maravedis para pontes. Manda além disso entregar ao Abade de Alcobaça, e mais testament~iros do pai, 19 mil maravedis, para dis– posições deste ainda não cumpridas. ;rodos os pagamen– tos, porém, realizáveis SÓ quando os rpoedeiros entre– gassem as somas, que estavam a lavrar, e se recebessem 3 mil maravedis de certo indivíduo, confidenr"' ou devedor do soberano. Outro testamento, feito já . em Toledo·, em 1245, cont~mpla. co~ 5 mil maravedis os. homens da sua casa, que o tinham acompanhado. Se o
RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0