AZEVEDO, J. Lúcio de. Épocas de Portugal económico: esboços de história. 2. ed. Lisboa, Portugal: Livraria Clássica, 1947. 478 p.
342 f POCAS DE PORTUGAL ECONóMICO da matéria-prima, Rs. 6 I : 2 73$000, de que se deduzem os gastos de fundição e cunhagem, Rs. 6:959$000, restando depois Rs . 54: 314$000 de lucro comercial da operação. Sucedia porém que dos 4.062 marcos adquiri– dos tocavam à coroa 8 1 2 pelo direito do quinto, va-lendo, ao preç<::> pago pelo restante, Rs. 62: 36 I $600; de sorte· que, na realidade, resultava da compra a diferença de Rs. 8:047$000 contra o Estado. Enviando a demons-· tração, o juiz da Casa da Moeda opinava por se aban– donar a prática de comprar o metal , e limitar-se a acção do Estado a cobrar o imposto (1). Destarte,, os três; milhões de cruzados, de que rezava a fama, passam a menos de um terço, e os 600 mil de vantagem, a 1 35 mil, incluso o quinto da coroa; não havendo, motivo para supor melhor da operação nos anos mais: chegados. Até 171 3 pouco era, como já• se disse, o que os quintos produziam. Cobraram-se no Rio de Janeiro 819 marcos em mais de dois anos, Janeiro de 1708 a. Abril de 171 o, quantidade enviada para o reino, com mais 7 5 marcos de direi tos d.e gado e fazendas cobrados: nas minas, e 203 de tomadias (2). Repare-se no vulto desta última parcela em relação ao todo, caracterizando, a tendência geral para fugir ao imposto. O oiro trazido,· • à Casa da Moeda para vender ou fundir, pagando o, quinto, era, em quantidade insignificante. Se davam lá \ pela oitava I $2 oo réis, corria por fora clandestinamente a 1 $300 e I $400, fu rtado ao quinto, e nenhum modo. (1) Poc. do- Rio de Janeiro, n.ºª 3.o~p. e 3 . 122 a 27. (2) SomaGdo tudo 1 .098 marcos, 6 onças, 7 oitavas e 48 grãosw Doe. do Rio de Janeiro, n. 0 ª 3.046 a 49.
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