AZEVEDO, J. Lúcio de. Épocas de Portugal económico: esboços de história. 2. ed. Lisboa, Portugal: Livraria Clássica, 1947. 478 p.
340 :f POCAS DE PORTUGAL ECONóMICO delas mostravam os compradores» (1). Com isto · se ani– mava nas diferentes capitanias o comércio .local, porque de todas se mandavam géneros para as minas, ·com 1ucros. muitas vezes excessivos .- Na Bahía arrematavam-se os. dízimos por 80 contos anuais. No Rio de Janeiro pas– savam de abaixo de 1 9, en:i 1 7-00, acima de 2 5 contos. cinco anos depois; e os dez por cento nas mercadorias. da frota, de um conto e quase meio , naquele ano, para. 80 mil cruzados, 32 contos de réis (2). Em 1 702 passava _de Pernambuco para o Rio de.· Janeiro a Casa da Moeda, estabelecida: para .lavrar as– espécies da circulação provincial, incumbência qu"e perdia. na mudança, passando a fabricar somente peças de oiro ,, iguais às do reino, para onde se enviavam (3) : .a famosa. moeda de 4$800 _ réis, que chamavam em França. Mo'idore. Nessa ·época montaria ,o acervo das receitas arreca– dadas no Brasil. -a quase 600 mil cruza:dos, 240 con– tos ( 4 ) , a que temos de juntar os quintos do oiro, de: que a cobrança efectiva, só mais tard e se onsegu iu (6) - Anexa ~ Casa da Moeda instituiu-se · no Rio de: (1) Antonil, cap. 7.º. ( 2 ) Antonil, cap. 5.º. C) 31 de 'aneiro de 1702. Hist. gen~a~ógica da _Casa Real, t . 4.º~ ( 4 ) Antoml, cap. 5-.º, onde vêm especificadas. (5_) De 1700 a 1713 somente 26 arrobas no total (Varnhagen,, H ist. do Brasil, t. 2.º p. 912) . Este autor avalia em· 1.ooo contos o con– junto das rendas (id., p. 839), é certo que incluindo os lucros da· amoedação no . Rio de_ Janeiro, computados por Antonil, muito exage– radamente, em 300 mil cruzados; mas usando os algarismos ministrados pelo mesmo, nas outras parcelas, confunde-os, tomando como renda– de um só ano o total dos. contrat~s, ajustad?s por três e quatro e seis. Assim o contrato das baleias no ''Rio de Jane1ro, por três anos, na Bahía-. por seis; os dízimos do Rio e Pernambuco em três anos, adici~nados aos: da Bahía, de um só ano. Do equívoco provém parte da diferença.
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