AZEVEDO, J. Lúcio de. Épocas de Portugal económico: esboços de história. 2. ed. Lisboa, Portugal: Livraria Clássica, 1947. 478 p.
IDADE DE OIRO E DIAMANTES 337 importando em Rs. 6: 500$000. Quantia -gasta sem qualquer utilidade do povo nem da coroa, na opinião do governador, porque nenhum comércio consentiam os. castelhanos para o Rio dá Prata, e a ocupação unica– mente era fonte de encargos para ~ Estado, e de opress~õ para os habitantes da capitania (1). · No decurso dos catorze anos que 1 seguem, as condições variam, elevando-se de forma notável as receitas, ma-s com agravamento de despesas, . e déficit final. Para o ano de I 700 orçavam-se as rendas em Rs. 57:304$000, os gastos da administração civil em Rs. 26: 168$000; mas as despesas militares custavam Rs. 39:308$000, faltando assim mais de 8 contos, pa-ra acudir ' ao total das obrigações . Certas verbas da receita estavam em grande ·aumento, e nenhuma diminuíra de modo sensível; tinham-se introduzido novos impostos; apesar de tudo o Conselho Ultramarino via-se forçado a propor s·e mandasse da metrópole - dos efeitos do oiro e _de outros quaisquer que ho(fSver mais prontos - o necessário para cobrir a diferença (2). Da proposta infe– re-se que não haveria nas demais partes do Brasil sobras aptas para a transferência. Todas as informações levam _ a crer que onde não existia déficit, era tudo consumido no próprio distrito. Devia ser o Rio de Janeiro o mais rico ..Por lá se pagavam ordenados da Bahía, eclesiásticos ·e seculares, privilegiados nos dízimos. Nem a Bahía nem Pernambuco remetiam com regularidade as · somas do donativo, aplicadas à Colónia do Sacramento, e preen- (1) Doe. do Rio de Janeiro, n. 0 ª 1.569, 1.571, 1.572. ( 2 ) Consulta, 21 de Outubro de 1700. Doe. do Rio de Janeiro, ·n;º 2 ·399· 2 2
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