AZEVEDO, J. Lúcio de. Épocas de Portugal económico: esboços de história. 2. ed. Lisboa, Portugal: Livraria Clássica, 1947. 478 p.
336 :ÉPOCAS DE PORTUGAL ECONóMICO Bahía com 1 o mil cruzados por ano; com 5 mil Pernam– buco, soma .igual à do Rio de Janeiro. Como porém deste último governo, até certo ponto, dependia o da Colónia ele era o que fazia os suprimentos, e adiantava o preciso quando falta·va a parte das outras c~pitanias (1). Em 1663, ano em que se estabeleceu o donativo para o dote régio e pagamento à Holanda, importavam as receitas da· Fazenda Real no Rio de Janeiro em Rs. 14:054$000, soma que mal chegava para ordena– dos de funcionários, despesas eclesiásticas e manutenção das tropas, recebendo os oficiais somente meio soldo. Um relatório do governador Pedro de Melo. lamenta· a misé– ria em que oficiais e soldados se encontravam, e a'· im– possibilidade de conservar em estado de defesa as fortifi– cações (2) A mais importante parcela da receita eram os dízimos, arrendados por Rs. 9:400$000, ou, segundo o contrato, 70: 500 cruzados em 3 anos; sendo que me– tade da soma pagava o contratador em dinheiro ou açúcar, a outra metade em fazendas para as fardas dos soldados, por preço estabelecido (3). Passados mais de vinte anos tinham crescido as recei– tas, não porém de modo extraordinário. As de I 686. montavam a Rs . 16: 876$000, tendo os dízimos bai-' : xado para Rs. 8: 666$000. Ma:s entrara em actividade a pesca da baleia, cujo privilégio rendia para a Fazenda Rs. 4:260$000, quando em 1663 a renda era 70 mil réis . As despesas somavam pouco mais de 1 o contos, sendo absorvido o saldo pelas da Colónia do Sacramento. (1) Consulta cit., e relação de despesas do Rio de Janeiro. Doe► n. 0 • 2.399 e 2.401 . ( 2 ) Doe. do Rio de Janeiro, n. 0 976. (ª) lbid.
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