AZEVEDO, J. Lúcio de. Épocas de Portugal económico: esboços de história. 2. ed. Lisboa, Portugal: Livraria Clássica, 1947. 478 p.

IDADE DE OIRO E DIAMANTES 333, almotacé-mor Luís da Câmara Coutinho, e que veio a. executar-se. Em 1694 ordenava~se o estabelecimento de uma. Casa de Moeda na Bahía, valendo as espécies cunhadas, e as que já corriam, dez por cento acima dos vinte: aumentados na metrópole. Com isto se cuidava obstar– à saída. Não foi porém o aumento, mas sim o descobri– rem-se as minâs, logo em seguida, a causa verdadeira de se não esgotar do seu meio de circulação a colónia,. , , como ate a1. VI Até certo tempo, as verbas pertencentes ao Estado pouco representariam na exportação de produtos e moeda do Brasil para a metrópole. Já vimos em outra· parte que– geralmente_ os rendimentos cobrados na colónia lá mesmo· se consumiam. O proveito fiscal, se o havia, era indi– recto, e provinha das receitas arrecadadas na ·Europa: direitos na alfªndega, de mercadorias estrangeiras que o• Brasil consumia, e dos produtos da colónia reexportados; c~ntratos do pau-brasil e de impostos arrendados em Lisboa. Durante o período das guerras holandesas, com os gastos destas e diminuição das receitas, é pouco pro– vável a existência de saldo positivo. Não possuímos dados precisos sobre o total das: rendas e despesas, mas os de que há conhecimento, rela– tivos ao Rio de Janeiro, habilitam-nos a julgar da situa– ção geral, suposto não seria mais florescente, nas outras. capitanias, o estado da fazenda pública, nem o das for– tunas individuais. Quando em 1663 se procedeu à

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